Adoção

Veja os cuidados necessários ao adotar um cachorro deficiente

Todos os pets merecem nosso amor e carinho. Mas alguns podem precisar de mais dedicação do que outros, como é o caso de um cachorro deficiente. Presentes em muitas ONGs e feirinhas de adoção, esses peludos são carinhosos e nos ensinam, diariamente, a olhar a vida de outra forma, com uma lição e tanto de superação!

Porém, antes de adotá-los, é preciso refletir bastante. Lembre-se que esses pets têm necessidades especiais que deverão ser atendidas para garantir seu bem-estar. A seguir, preparamos alguns cuidados que você e sua família devem ter antes e depois de adotar um cachorro deficiente.

Três fatores para pensar ao adotar um cachorro deficiente

Levar um pet com deficiência para casa é muito gratificante. Além de diminuir o número de cães abandonados e ajudar ONGs de animais deficientes, você ainda estará dando uma segunda chance para um cachorro único e especial. E pode ter certeza: ele será eternamente grato, aproveitando todas as oportunidades que tiver para retribuir o seu amor com muitas lambidas, companheirismo e carinho!

Dito isso, ao adotar um cachorro deficiente (ou qualquer outro pet), é fundamental assegurar uma posse responsável. Pensando nisso, listamos abaixo três questões essenciais antes que você adote um pet com deficiência.

1. Qual é a deficiência e os cuidados diários com o pet?

Assim como nós, os cães têm diferentes tipos de deficiência, com origens diversas. “Precisamos entender a causa da deficiência para cuidar da melhor forma e disponibilizar mais qualidade de vida no dia a dia do pet na casa nova”, orienta a médica veterinária da Petz, Dra. Renata Alvez.

Um pet com problemas de visão, por exemplo, precisa de adaptações no ambiente, mas não necessariamente vai requerer tratamento veterinário específico e contínuo.

Já um cachorro com paralisia das patas traseiras, além de precisar de cadeira para cachorro deficiente, pode necessitar de sessões de fisioterapia, acupuntura, entre outros. Questionar com a ONG ou conversar com um veterinário sobre as necessidades de um cachorro deficiente é importante para estimar os gastos e cuidados que você terá com ele.

2. Você tem disponibilidade de tempo, financeira e emocional?

Não é regra, mas, em alguns casos, cachorros deficientes podem levar mais tempo e ter mais dificuldade para se adaptar. E você também terá que fazer algumas adaptações.

Por conta do olfato aguçado desses pets especiais, é possível ensinar cachorros cegos ou surdos a fazerem suas atividades normalmente, como beber água ou mesmo fazer xixi no lugar certo. Mas é necessário ter paciência e dedicação. Você e sua família têm tempo e estão dispostos a encarar o desafio e esperar?

“Alguns pets precisam de aparelhos específicos, cuidados veterinários, alimentação especial e medicamentos”, diz a Dra. Renata. “Isso gera uma contribuição financeira muito maior que na adoção de um cão saudável”, completa.

3. Você e sua família estão preparados para receber muito amor de volta?

Para quem já buscou informações sobre a deficiência do pet e respondeu sim para os questionamentos anteriores, temos ótimas notícias, como aponta a veterinária:

“Se você está ciente de tudo isso, tem acompanhamento de um profissional da área e, em alguns casos, disponibilidade de tempo e de dinheiro, parabéns! Você será ótimo com seu novo amigo”. Nesse caso, prepare-se para ter um companheiro sincero, amoroso e muito leal por muitos e muitos anos.

Principais cuidados com cada tipo de deficiência

Como dito acima, saber o tipo de deficiência ajuda muito a identificar os cuidados necessários com o pet. Vale destacar que a origem do problema também é relevante, já que ele pode ser progressivo, exigindo acompanhamento mais próximo, ou já estar consolidado.

Abaixo, a Dra. Renata explica as principais necessidades dos animais com as deficiências físicas: visual, auditiva e de locomoção.

  • Deficiência visual: graças ao olfato, cachorros cegos se viram muito bem, mas é importante fazer adaptações na casa. Passagens com escadas devem ser bloqueadas para evitar quedas. Além disso, é necessário retirar móveis e objetos perigosos (pontiagudos, cortantes, etc.) do caminho, para evitar que o pet esbarre e se machuque. “Em um período curto, ele já reconhece a localização de tudo e escolhe seus melhores caminhos”, diz a especialista;
  • Deficiência auditiva: um cachorro surdo consegue realizar suas atividades normalmente, já que o olfato e a visão estão presentes. Procure estimular esses sentidos. Como nossa voz é uma forma importante de estabelecer vínculo com os cães, faça bastante carinho para compensar a ausência dela,
  • Deficiência motora: em geral, cães com dificuldade de locomoção dependem mais de seus tutores. Isso porque, em alguns casos, é preciso, inclusive, ajudá-los a defecar e a urinar. Converse com um veterinário, ele poderá orientá-lo sobre necessidade de cadeirinha, fisioterapia, acompanhamento veterinário e adaptações no dia a dia.

Lembre-se que assim como os outros cães, o cachorro deficiente, independentemente da sua deficiência, também precisa de estímulos.

Por isso, não deixe de brincar com ele, de promover o enriquecimento ambiental e de passear com ele todos os dias, permitindo que ele sinta novos aromas, texturas e até que faça novas amizades.

Petz

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