Muitos alimentos para cães no mercado afirmam ser bons para alergias, mas até que ponto essas afirmações são verdadeiras? Alergias alimentares em cães são comuns? E será que a ração hipoalergênica é a ideal para o seu cachorro?
Para descobrir a verdade sobre alergias alimentares em cães e o que realmente significa uma ração hipoalergênica, continue lendo.
Embora muitas pessoas sejam rápidas em culpar a alimentação pelos problemas de pele dos cães, a verdade, segundo o Cummings Veterinary Center da Universidade Tufts, é que alergias alimentares em cães não são tão comuns assim.
As causas mais frequentes de alergias em pets são ambientais, incluindo pulgas, ácaros, grama, pólen e outros fatores do ambiente. Se as alergias do seu cachorro desaparecem no inverno ou pioram durante a temporada de pulgas, provavelmente são alergias ambientais.
Mas, de toda forma, as alergias alimentares existem e podem causar problemas semelhantes aos das ambientais, como coceiras e infecções de ouvido. Apenas o veterinário poderá descartar outras causas antes de determinar se o problema é realmente causado pela alimentação.
Também é importante diferenciar alergia de intolerância. Se o seu cão não tolera certo alimento, como a lactose, isso significa que ele não tem a enzima digestiva necessária para digerir esse alimento corretamente, podendo apresentar vômitos ou diarreia.
Já a alergia é uma reação do sistema imunológico. Quando o cão entra em contato com algo ao qual é alérgico, seu sistema imunológico reage de forma exagerada, atacando o alérgeno, o que pode resultar em problemas de pele, coceira ou queda de pelo.
Se o seu cão sofre de intolerância alimentar, e não de alergia, a ração hipoalergênica provavelmente não ajudará. Por isso, é fundamental consultar o veterinário para encontrar a melhor solução.
As alergias alimentares ocorrem quando o sistema imunológico do animal identifica uma proteína no alimento como uma ameaça. A partir daí, o sistema imunológico entra em ação para defendê-lo.
Os sintomas podem ser coceira na pele ou infecções na pele e ouvidos, ou ainda vômitos e diarreia. Uma vez que essa resposta imune é ativada, ela tende a se intensificar a cada nova exposição àquela proteína específica, fazendo com que a alergia do seu cão piore cada vez que ele consome aquele alimento.
Os alimentos que mais causam reações alérgicas em cães são:
Casos de alergias a outros grãos, como aveia ou arroz, são extremamente raros. Em relação à proteína animal, cordeiro, porco e peixe têm menos probabilidade de causar alergias, embora também possam causar reações em alguns casos.
Infelizmente, não existem métodos confiáveis para testar alergias alimentares em cães. A única forma de descobrir a quais alimentos seu cão é alérgico é por eliminação.
Normalmente, o veterinário prescreve uma ração especial com ingredientes limitados, com carnes e carboidratos que não fazem parte da dieta habitual do cão, para ver como ele reage.
Se os sintomas desaparecerem, o veterinário pode pedir que você volte a oferecer a ração antiga para ver se os sintomas retornam. Se isso acontecer, confirma-se a alergia alimentar.
O próximo passo é identificar o ingrediente específico que causa a reação. Isso é feito voltando à dieta de ingredientes limitados. Após os sintomas sumirem, o veterinário pode orientar a reintrodução de ingredientes da dieta antiga um por vez, observando qual desencadeia os sintomas.
Durante esse processo, é essencial alimentar o cão somente com a alimentação prescrita. O motivo mais comum para falhas nesses testes é a “sabotagem doméstica”, ou seja, quando alguém oferece ao cão petiscos, restos de comida ou outra ração.
Basta uma única exposição ao alérgeno para invalidar o teste — assim como ocorre com humanos alérgicos a nozes, que não podem consumir nem uma unidade. Todos na casa precisam colaborar.
Esses testes geralmente duram cerca de 12 semanas, após as quais o veterinário confirmará se os sintomas sumiram.
Se você acha que seu cão tem alguma alergia — alimentar ou ambiental —, é muito importante consultar um veterinário. Tentar diagnosticar por conta própria pode ser ineficaz ou até perigoso.
Como os sintomas de alergias alimentares e ambientais são parecidos, é difícil saber a causa sem testes apropriados. Diferente dos humanos, os testes de alergia em cães não são tão confiáveis, então o veterinário vai orientar o que deve ser feito e como observar a saúde do seu cão ao longo do tempo.
Você pode se sentir tentado a testar uma dieta de ingredientes limitados por conta própria, mas isso não é recomendado. Primeiro, por conta da dificuldade de diferenciar alergia de intolerância. Segundo, porque até alimentos de ingredientes limitados podem estar contaminados por alérgenos.
Por exemplo, se você suspeita que seu cão é alérgico a frango e muda para uma ração de cordeiro, ele pode até melhorar, mas como muitas empresas usam os mesmos equipamentos para diferentes rações, é possível que vestígios de frango estejam presentes na de cordeiro. E como mencionado, mesmo uma pequena exposição ao alérgeno já pode causar reação.
Se for confirmado que seu cão tem alergia alimentar, o veterinário pode recomendar petiscos próprios e ração hipoalergênica. Esses alimentos são preparados com cuidado para evitar contaminação cruzada.
Muitas dessas rações são hidrolisadas, ou seja, as proteínas são quebradas em partículas tão pequenas que o sistema imunológico do cão não as reconhece como alérgenos.
Cuidado com rações “sem grãos” que se dizem hipoalergênicas, mas que contém frango ou carne. Lembre-se: as proteínas animais são as principais responsáveis por alergias alimentares em cães.
Se seu cachorro está apresentando sinais de alergia, consulte o veterinário antes de mudar a alimentação. Mesmo que ele realmente tenha alergia alimentar, fazer alterações por conta própria pode dificultar o diagnóstico.
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