A condição de um cachorro estrábico é caracterizada por um desvio que altera o paralelismo entre os olhos. Esse distúrbio é mais comum em algumas raças.
De acordo com a Dra. Natalie Rodrigues, médica-veterinária especialista em oftalmologia da rede Seres, a condição não é um grande problema para os cães. Isso porque, na maior parte dos casos, não afeta a qualidade de vida deles. A seguir, saiba mais sobre o que pode tornar um cachorro estrábico.
O estrabismo é uma condição caracterizada por um desvio atípico de um ou dois olhos, alterando o paralelismo entre eles. Ele pode ser do tipo convergente, quando um ou ambos os olhos apontam para dentro, ou divergente, quando o apontamento ocorre para fora.
Para entender o que leva ao estrabismo canino, é preciso compreender o movimento dos olhos. Em linhas gerais, ele é controlado por músculos comandados por nervos conectados ao sistema nervoso central.
Assim, o estrabismo em cachorro tem diferentes causas ligadas a distintas etapas e estruturas do processo. “Muitas vezes, ele é causado pelo desenvolvimento do músculo reto medial, que impede o movimento correto do olho”, diz a especialista da rede Seres.
“Porém, é preciso descartar doenças imunomediadas e neurológicas”, completa. Além da hereditariedade, outras causas para o diagnóstico do cachorro estrábico são:
De acordo com a veterinária oftalmologista, devido à anatomia e à hereditariedade, algumas raças são mais predispostas ao estrabismo em cães. Entre elas, destacam-se as raças braquicefálicas, isto é, aquelas que possuem focinho achatado, tais como Pug, Boston Terrier, Buldogue Francês e Shih-Tzu.
Vale lembrar que, independentemente da raça, qualquer cachorro pode apresentar estrabismo por diferentes motivos, como, por exemplo, decorrência de doenças neurológicas. Em todos os casos, é recomendado levá-lo ao veterinário para saber as possíveis causas.
Mais que uma questão que incomoda pelo aspecto estético, o estrabismo em humanos muitas vezes está associado a sintomas desagradáveis. Quem tem esse distúrbio pode sofrer com diplopia (visão dupla) e dor de cabeça, problemas que atrapalham o dia a dia.
Por outro lado, o distúrbio não costuma afetar a qualidade de vida do cachorro com estrabismo causado pelo desenvolvimento do músculo reto medial. Segundo a Dra. Natalie, mesmo com essa condição, o animal consegue enxergar e fazer as atividades normalmente.
A exceção é quando o estrabismo está associado a doenças neurológicas. Nesses casos, é importante cuidar da causa principal para restituir, quando for possível, ou ao menos aumentar o bem-estar do pet.
Se você percebeu um desvio em um ou ambos os olhos do cachorro, agende uma consulta veterinária quanto antes. Mesmo nos casos de estrabismo de origem genética, é importante fazer um acompanhamento, ao menos a princípio, para entender melhor o quadro.
Conforme explica a Dra. Natalie, o diagnóstico é feito a partir de exame clínico. Assim, é possível identificar ou descartar doenças oftalmológicas e neurológicas associadas. Além disso, o tratamento, quando necessário, vai depender da causa inicial do distúrbio.
Na maior parte das vezes, o estrabismo canino de origem genética não representa prejuízos para a qualidade de vida do cachorro. Assim, para aqueles que se perguntam como corrigir estrabismo em cães, normalmente não é necessário nenhum tratamento.
A especialista diz que pode haver indicação para cirurgia quando a condição estiver causando outros prejuízos à saúde do pet. Porém, pelos riscos, a operação de correção não é recomendada para fins estéticos.
Seja como for, o cachorro estrábico deve ser levado ao veterinário para receber o diagnóstico e as causas da condição. Todos os cuidados são necessários quando se trata da saúde dos peludos. Por isso, não deixe de acompanhar o blog da Petz para ficar por dentro de assuntos semelhantes.
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