Cachorros

Quais são as possíveis complicações pós-castração?

Publicado em 07 de junho de 2022

Tempo de leitura: 5min

Apesar de muitos profissionais afirmarem que a castração é um procedimento cirúrgico relativamente simples, as complicações pós-castração podem acontecer em diversos graus de seriedade.

cachorro com colar elizabetano

Algumas complicações da castração podem ser evitadas com a escolha de um estabelecimento veterinário de qualidade e o tutor seguindo as recomendações do antes e depois da cirurgia.

Conversamos com a Dra. Juliana Sanz, médica-veterinária da Petz, sobre as principais medidas para garantir o sucesso da operação. Ela explica quais são algumas das possíveis complicações pós-castração no cachorro e o que fazer em caso de problemas.

A castração é um procedimento realmente seguro?

Apesar de ser um procedimento simples, deve ser realizado com segurança. Para isso, os cuidados pré-operatórios são essenciais. Eles começam com a consulta com o médico-veterinário cirurgião, que avalia o peludinho para requisitar os exames mais indicados para ele.

A castração de cães e gatos é uma cirurgia relativamente simples e bastante segura. Porém, conforme explica a Dra. Juliana, “assim como qualquer procedimento cirúrgico ou anestésico, pode envolver algum risco”.

Os exames pré-operatórios garantem uma boa segurança anestésica, uma vez que o rim, o fígado e, principalmente, o coração são avaliados quanto às funções e às estruturas anatômicas.

“A castração pode não ser recomendada quando o pet está com alguma doença pré-existente que traga riscos à saúde dele. Nesse caso, primeiro, o cachorro deve ser tratado para passar pelo procedimento depois”, alerta.

Se o pet estiver apto a realizar a cirurgia, outros cuidados imprescindíveis para diminuir as complicações da anestesia são o jejum hídrico e o alimentar. O tempo exigido varia conforme a idade e o peso do animal.

Ainda segundo a Dra Juliana, outra medida que contribui para evitar as complicações pós-castração em cadelas e machos é realizar o procedimento cirúrgico com a anestesia inalatória. Ela é mais moderna e segura que os anestésicos injetáveis.

“Ela é considerada mais segura porque proporciona ao pet a dose necessária de anestésico, de acordo com o tempo e a variação do próprio indivíduo”, diz a veterinária. Com a anestesia inalatória, o retorno é mais rápido. 

A veterinária completa, dizendo: “inclusive, caso haja alguma intercorrência durante o procedimento, a equipe consegue interromper no mesmo momento, aumentando a chance de reversão do quadro”. Com a injetável, isso é impossível.

Felizmente, as intercorrências durante a cirurgia de castração são pouco frequentes, mas a hemorragia interna após a castração, as reações ao anestésico e a parada cardiorrespiratória podem acontecer.

Complicações pós-castração: conheça as principais

As complicações mais comuns logo após a cirurgia são as que se referem ao mal-estar causado pela anestesia. Mesmo usando a inalatória, alguns pets podem apresentar falta de apetite, ânsia e vômitos.

A dor e a inflamação dos pontos são complicações pós-castração que também podem ocorrer como parte do processo cirúrgico e da cicatrização. Por isso, é importante administrar as medicações prescritas corretamente.

A inflamação persistente dos pontos pode acontecer quando o animal lambe a ferida cirúrgica. Para evitar isso, o colar elizabetano ou a roupa cirúrgica são indicados e devem ser usados.

“Sinais de que algo pode ter dado errado no procedimento são alterações na temperatura do paciente, vômito, manchas no abdômen e sangramentos. Em caso de qualquer sinal ou dúvida, o ideal é procurar um médico-veterinário”, diz a Dra. Juliana.

cachorro triste

As hemorragias também são complicações pós-castração. As que ocorrem nos pontos da pele são mais comuns, fáceis de identificar e menos graves que as internas. Fêmeas caninas de grande porte e obesas são mais propensas a ter hemorragias internas.

As hemorragias da pele são notadas pelo surgimento de sangue no curativo ou na roupa cirúrgica. As hemorragias internas não são notadas pelo tutor, mas o animal fica bastante prostrado, e isso chama a atenção da família.

Atenção redobrada à castração das fêmeas

Nas fêmeas, tanto caninas quanto felinas, a cirurgia de castração é mais complexa que nos machos, pois é preciso adentrar o abdômen para realizar a retirada cirúrgica dos ovários e do útero. Com isso, elas não têm mais cios nem sangramentos.

Já nos machos, a cirurgia é mais simples. Na castração deles, é feita a retirada cirúrgica dos testículos, que ficam localizados na bolsa escrotal. Por isso, para o acesso cirúrgico, não é preciso abrir o abdômen do animal.

Incontinência urinária nas cadelas

Uma estimativa de 20% das fêmeas de médio a grande porte podem desenvolver incontinência urinária pós-castração, principalmente à noite. A causa mais aceita é a queda abrupta dos estrógenos, pois as pets tratadas com análogos de estrogênios voltam a ser continentes. 

Síndrome do ovário remanescente

Trata-se de uma das complicações pós-castração em que o tecido ovariano não é retirado totalmente durante a castração. Causa sinais de cio e piometra de coto uterino, uma infecção do tecido uterino que normalmente permanece nas fêmeas, que devem ser reoperadas para se curarem.

“A síndrome também pode ser resultado da queda de tecido ovariano no abdômen durante a cirurgia”, explica a Dra. Juliana Sanz. Por isso, a castração das fêmeas requer mais experiência por parte do veterinário.

cachorro com colar elizabetano

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