Saúde e Cuidados de Cachorros

Parvovirose canina: sintomas, tratamento e prevenção

Obrigatória para os cães, a vacina polivalente é muito conhecida pelos tutores. Também chamada pelas nomenclaturas V10 e V8, ela protege o pet contra algumas das principais doenças de origem viral e bacteriana, entre elas a parvovirose canina.

Embora menos falada que outras doenças, como raiva, cinomose e hepatite, a parvovirose é um problema de saúde grave que afeta o sistema gastrointestinal, provocando diarreia e vômitos intensos. A seguir, vamos saber mais sobre o que é parvovirose canina e o que fazer para proteger seu amigo.

O que é a parvovirose canina?

“A parvovirose é uma doença viral causada pelo parvovírus, que acomete principalmente os cães filhotes e adultos não vacinados e debilitados”, explica a Dra. Renata Alves, médica-veterinária da clínica Seres, unidade Alto da Boa Vista, em São Paulo.

Uma vez no organismo do cachorro, o vírus se reproduz e afeta principalmente as células do intestino. Isso provoca quadros severos de vômitos e de diarreia. A depender do estado de saúde do paciente, se não tratada, a parvovirose pode até mesmo levar o indivíduo a óbito.

Como a parvovirose é transmitida entre os cachorros?

Para entender como é transmitida a parvovirose canina, a Dra. Renata explica que acontece a partir do contato com as fezes de um cão doente. “Normalmente, os animais acabam cheirando fezes, objetos e animais contaminados, facilitando a entrada em seu organismo”, explica a veterinária. 

A partir daí, o vírus entra na corrente circulatória, espalhando-se por órgãos e tecidos do corpo. Em relação à transmissão da doença, uma das dificuldades em prevenir a parvovirose é que se trata de um vírus bastante resistente. 

Ao contrário de outros agentes virais que sobrevivem por apenas algumas horas fora do organismo do hospedeiro, o parvovírus pode permanecer por meses a fio no ambiente, sobrevivendo em objetos como comedouros, roupas, cobertores e até no piso. 

Daí a importância de fazer a limpeza desses acessórios e espaços com regularidade. Segundo a veterinária, a transmissão também pode ocorrer durante brincadeiras com outros cachorros, uma vez que o vírus pode ficar preso no pelo dos cães.

Uma dúvida frequente é se a parvovirose canina pega em humanos. A resposta é não. A doença canina não tem qualquer relação com a parvovirose que acomete os humanos.

Sintomas: como saber se o cachorro está com parvovírus?

Depois da contaminação, os sintomas costumam aparecer após 7 a 14 dias. Nesse sentido, é importante destacar que nem todos os cachorros que entram em contato com o vírus desenvolvem a doença. 

Na verdade, a maior parte dos cães adultos e saudáveis consegue combater o agente patológico logo no início sem problemas. Já filhotes, idosos e cães com o sistema imunológico fragilizado têm dificuldade para combater o parvovírus, que começa a se reproduzir rapidamente, desencadeando os seguinte sintomas:

  • Diarreia sanguinolenta;
  • Vômito;
  • Apatia;
  • Prostração;
  • Falta de apetite,
  • Perda de peso.

Ao suspeitar que seu amigo está com parvovirose, não perca tempo e procure imediatamente um veterinário. Por conta do ataque às células intestinais, com fortes vômitos e diarreias, a doença pode provocar uma rápida desidratação que pode, inclusive, levar o pet a óbito.

É importante destacar que embora a enterite seja a forma de manifestação mais comum da parvovirose, ela também pode afetar outros órgãos, como o coração.

Diagnóstico e tratamento

Parvovirose canina sintomas: vômitos, diarrEias, perda de peso e falta de apetite são sintomas inespecíficos, comuns a uma série de doenças. Por isso mesmo, a fim de confirmar o diagnóstico, é comum que além da avaliação clínica durante a consulta, o veterinário solicite também alguns exames laboratoriais, com destaque para sorologia e PCR, que identifica os anticorpos.

A Dra. Renata também esclarece como tratar parvovirose canina: “O tratamento é iniciado antes mesmo de os exames definitivos ficarem prontos”. Como se trata de um vírus, não há tratamentos específicos, mas é feito um tratamento de suporte, com a finalidade de reverter a desidratação, infecção, inflamação, etc.”. 

A veterinária explica que um dos principais objetivos do tratamento é fortalecer o sistema imunológico do paciente, permitindo que ele consiga combater os efeitos causados pelo vírus. 

Por isso mesmo, ela alerta que o prognóstico é reservado. A parvovirose possui uma alta taxa de letalidade. Quanto antes você levar seu amigo ao veterinário, maior a chance de ele se recuperar, já que a parvovirose canina tem cura.

Como prevenir a contaminação por parvovirose

A parvovirose é uma doença grave que, dependendo do estado de saúde do cãozinho, pode levá-lo a óbito em pouco tempo após as primeiras manifestações. Ainda que o tratamento veterinário seja essencial nessa fase da doença, ele nem sempre é eficaz. 

Além disso, após curado, o pet ainda pode vir a apresentar problemas no futuro, como a miocardite. Ou seja, não espere que seu amigo seja contaminado pelo parvovírus. Em vez disso, adote desde cedo medidas preventivas a fim de evitar uma infecção.

Como já adiantamos logo no início deste texto, a boa notícia é que a vacina polivalente já protege os cães da parvovirose. “A vacinação deve ser iniciada quanto antes, com o cachorro ainda filhote”, orienta a Dra. Renata. 

“Antes de terminar o protocolo vacinal, devemos evitar sair de casa com o cãozinho, evitar o contato dele com outros animais e realizar a limpeza e desinfecção adequada do ambiente e das superfícies com os quais ele terá contato”, afirma.

Nessa fase e ao longo de toda a vida do cachorro, também é muito importante mantê-lo saudável, com dieta balanceada, vacinação, vermifugação e proteção contra ectoparasitas, rotina adequada, visitas regulares ao veterinário, entre outros cuidados. “Assim nós mantemos os cachorros mais fortes para resistir às doenças”, diz a Dra. Renata.

Quanto à eficácia da vacina, a veterinária diz que ela é comprovada desde que aplicada da maneira correta. “A vacina deve ser tomada com o pet saudável e em idade adequada, sem a interferência de anticorpos maternos (presentes no leite da mãe)”, explica. 

Além disso, a veterinária explica que a vacina deve ser de origem conhecida e confiável, aplicada por um médico-veterinário que garanta o armazenamento e a aplicação correta da vacina. Mesmo assim, alguns pets não produzem a quantidade esperada de anticorpos.

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