Ansiedade em cachorro é um problema real e cada vez mais comum. Estudos encomendados pela Green Element apontam que o número de cães com ansiedade aumentou até 700% em 2022, principalmente pelo fim da pandemia e o retorno dos tutores às atividades presenciais. O problema, entretanto, continua atual, afetando a saúde mental de pets em todos os países.
Assim como acontece com os humanos, a ansiedade em animais demanda um tratamento multidisciplinar. Além de apoio profissional, os tutores devem adaptar a rotina, a fim de potencializar o bem-estar e a saúde do cachorro ao longo dos anos. Parece difícil, mas com dicas práticas, você já consegue fazer a diferença na vida do pet.
Confira, a seguir, 15 hábitos para inserir na rotina, que vão ajudar a diminuir a ansiedade no cachorro.
Que a ansiedade em cachorro é um problema sério, você já entendeu. Agora, está na hora de colocar a mão na massa para ajudar o seu animal a lidar com o problema. Pensando nisso, a Petz separou 15 dicas de especialistas para diminuir a ansiedade do cachorro. Continue lendo para aprender mais sobre o assunto.
Os responsáveis podem ter dificuldade em interpretar os comportamentos dos pets. Porém, vale ressaltar que atitudes indesejadas não são “manha” ou “birra”. Muitas vezes, são apenas sinais de estresse, ansiedade e tédio.
Por isso, a primeira dica é acolher o seu cachorro, entendendo que ele é um ser com necessidades próprias e não tem um comportamento inadequado por mal. Broncas e punições, além de não ajudarem, ainda podem intensificar a ansiedade e o medo.
Outra boa dica é observar, de perto, os sinais de ansiedade que o cachorro dá. Automutilação, destruição de objetos e corridas inesperadas pelos cômodos são alguns dos mais comuns.
Para te ajudar nessa observação, instale uma câmera simples na casa. Dessa forma, você consegue observar como o pet se comporta quando você não está por perto e pode pensar em enriquecimentos e brinquedos assertivos para distraí-lo.
Os profissionais são taxativos neste ponto. Para diminuir a ansiedade do cachorro, você deve estabelecer uma rotina funcional e seguí-la o máximo possível. Tenha horários para alimentação, passeios, brincadeiras e treinamentos.
Pequenas mudanças no dia a dia podem ser gatilhos de ansiedade para os cães, principalmente para os idosos. É claro que emergências acontecem, mas garanta que sejam apenas exceções na rotina do pet.
Quer ajuda para montar a rotina perfeita para o seu cachorro? A Petz TV tem um vídeo cheio de dicas. Assista agora:
Os passeios diários trazem diversos benefícios para os animais. Controle do peso, fortalecimento dos músculos e estímulo mental são alguns deles. Porém, a melhora da saúde mental é uma das maiores vantagens de passear com o cachorro.
O simples ato de farejar novos ambientes traz a redução de estresse e ansiedade, proporcionando grande sensação de bem-estar ao animal. Isso, somado ao exercício físico e a socialização controlada, fazem toda a diferença ao lidar com um cão ansioso.
Apesar de ser fundamental passear com seu cachorro todos os dias, as caminhadas não são a única forma de estimular o pet física e mentalmente. Para auxiliar no controle da ansiedade, você deve investir em enriquecimento ambiental. Brinquedos recheáveis, contato seguro com animais conhecidos e treinamentos são opções para rotina.
Sabia que a alimentação tem a ver com a saúde mental? Além de ter horários estabelecidos para as refeições, um cachorro precisa de uma nutrição completa e adequada à idade, porte e condição de saúde. Assim, o organismo poderá funcionar plenamente, sem estresse.
Para acertar na dieta do pet, é imprescindível contar com a avaliação do médico-veterinário. O profissional irá indicar os melhores produtos, seja ração ou alimentação natural, além de estipular a quantidade recomendada ao pet e os intervalos entre cada porção.
Como tutor, você também deve proporcionar segurança ao seu animal. O cachorro deve poder se movimentar, mas sem correr riscos de se acidentar ou fugir. Por isso, é preciso de áreas delimitadas por grades e livres de objetos perigosos. Isso é ainda mais importante no caso dos mais velhos, que sofrem com articulações mais fracas e podem ter dificuldade de se orientar por espaços já conhecidos.
O reforço positivo é uma técnica muito usada por adestradores. Ela nada mais é do que recompensar comportamentos desejados, incentivando que o pet os repita. Isso pode ser feito com um petisco, carinho ou brinquedo.
Com treinamento constante e nos mesmos horários, o cão consegue lidar melhor com seus impulsos e também tem uma rotina mais previsível. Como resultado, tende a ser menos ansioso e comportado, até mesmo em locais com maior número de estímulos.
Quanto mais cedo você expor o filhote a diferentes sons, animais e pessoais, mais fácil será a sua adaptação no futuro. Isso ajuda a reduzir possíveis inseguranças e ansiedades que o cachorro pode ter envolvendo novos ambientes e desconhecidos.
Mas nunca é tarde para começar. A socialização é importante e pode ser feita até com cães mais velhos, sempre respeitando os limites do animal e mantendo-o em segurança.
Brincadeira é coisa séria quando falamos de cachorro. Por isso, não esqueça de separar alguns minutos na rotina para brincar com o animal. Além de estreitar os laços com o tutor, reforçando o sentimento de bem-estar e permitindo que ele explore seus instintos naturais, o pet desenvolve a coordenação motora, força muscular e reflexos.
O olfato dos pets é muito poderoso e também pode ajudar a diminuir a ansiedade. Quando for sair de casa, deixe o cachorro com uma peça de roupa usada por você. O contato com seu cheiro vai confortá-lo. É especialmente interessante para animais que sofrem com ansiedade de separação.
E falando em ansiedade de separação, para controlar esses sintomas, uma dica é tornar a hora da saída mais agradável. Por isso, quando estiver se arrumando para deixar a casa, ofereça alguns petiscos ao cachorro. Não se esqueça de deixá-lo em um ambiente enriquecido, com brinquedos e atividades para realizar até você voltar.
A ansiedade de separação é um problema sério, que pode atrapalhar muito o bem-estar do cão e de sua família. Para saber mais sobre o tema, confira o vídeo da Petz TV:
Além do olfato, a audição pode ser uma ferramenta no controle da ansiedade de separação. Se o cachorro está acostumado a ouvir música ou TV enquanto você está em casa, é possível deixar o som ligado quando sair. Assim, ele vai ter um senso de continuidade da rotina, o que ajuda a reduzir os níveis de estresse. Mas atenção: isso só funciona se você realmente já tem esse hábito no dia a dia.
É importante que o cachorro tenha um local adequado e seguro para ficar quando se sentir ansioso. Por exemplo, se fogos de artifício são gatilhos para o animal, você pode colocá-lo em um ambiente mais reservado, sem tantos estímulos.
Deixe uma cama e roupas com o seu cheiro para intensificar o aconchego. Esse lugar deve ficar à disposição do pet, para que ele possa ir para lá quando sentir necessidade.
Por último, mas não menos importante: consulte o médico-veterinário se os sintomas de ansiedade não diminuírem. O profissional poderá averiguar se está tudo bem com o pet, além de dar dicas de mudanças assertivas, levando em conta as especificidades do seu cachorro.
Em muitos casos, também é preciso considerar o serviço de adestramento profissional, como da Cão Cidadão, que auxilia na dessensibilização do animal, além de incentivar comportamentos desejados com mais praticidade.
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