O topete é inconfundível. O jeito brincalhão também. Por isso, a calopsita é uma das aves de estimação mais populares no Brasil. Elas encantam não só pela aparência charmosa, mas também pela personalidade expressiva e pelo vínculo que criam com os tutores. Inteligentes, sociáveis e carinhosas, essas aves podem aprender a assobiar melodias, imitar sons da casa e até interagir de forma divertida com a família.
Mas não se engane: apesar do porte pequeno e do jeito dócil, a calopsita exige cuidados específicos para viver bem. O tutor deve pensar em todos os detalhes — da alimentação equilibrada ao ambiente seguro e estimulante — já que a expectativa de vida dessa espécie pode chegar a impressionantes 25 anos. Adquirir uma calopsita, portanto, é assumir uma relação de longo prazo com um pet sensível e muito carismático.
A calopsita (Nymphicus hollandicus) é originária da Austrália, onde vive em bandos que percorrem grandes áreas em busca de alimento e água. Por isso, são aves altamente sociáveis: precisam de companhia constante, seja de outros indivíduos da mesma espécie ou da presença ativa do tutor.
No Brasil, elas se adaptaram bem à vida doméstica, mas não devem ser soltas na natureza, pois não sobreviveriam aos predadores locais e à falta de recursos adequados. O ambiente da casa precisa simular, dentro do possível, a liberdade que teriam em vida selvagem: espaço para expressar seus instintos naturais, brinquedos para explorar e rotinas de interação.
A ave apresenta uma variedade de mutações de cor. Confira os principais tipos de calopsita, a seguir.
Cuidar da saúde da calopsita é garantir tanto a prevenção quanto o bem-estar físico e emocional. Confira mais sobre os principais cuidados com a espécie, a seguir.
Consultas periódicas com veterinários especializados em aves são indispensáveis. Exames simples ajudam a identificar deficiências nutricionais, parasitas e doenças respiratórias. Outra maneira de evitar problemas futuros é manter os cuidados alimentares e sanitários sempre constantes.
Estes animais têm tendência a apresentar problemas de pele, que podem causar lesões e queda de penas. Doenças respiratórias também podem ser comuns, por isso a calopsita deve ser mantida em ambiente arejado, sem exposição a correntes de ar.
Mas vale lembrar que, se você observar qualquer alteração no estado físico da ave, é fundamental procurar um médico-veterinário para diagnóstico e orientações. Alguns sinais de alerta são penas arrepiadas, falta de apetite ou alteração no canto.
Manter a ave entretida, com estímulos dentro e fora da gaiola, ajudam a fortalecer a musculatura e articulações, assim como incentivam comportamentos naturais de explorar. Mas lembre-se que isso deve ser feito sempre com supervisão, tá bem?
Calopsitas são animais inteligentes e precisam de estímulos para evitar estresse.
O enriquecimento ambiental é essencial: brinquedos coloridos, cordas, poleiros de diferentes espessuras e interação diária com o tutor ajudam a manter a ave equilibrada.
E vale lembrar: o tédio pode levá-la a comportamentos como gritar ou arrancar as próprias penas. Portanto, variar as atividades é parte do cuidado com a saúde mental do animal.
A base da dieta deve ser ração extrusada específica para psitacídeos. Ela pode ser complementada com pequenas porções de sementes como painço, alpiste e girassol (este último em moderação).
Entre os alimentos seguros estão maçãs sem sementes, banana, mamão, manga, melancia, cenoura, brócolis, couve e abobrinha. Já o abacate, o chocolate e o café são tóxicos e jamais devem ser oferecidos para as calopsitas – ou qualquer outro pet.
A água deve estar sempre fresca e limpa, trocada diariamente.
A higiene envolve mais do que apenas a gaiola. É preciso ter atenção e cuidados com bico, unhas e penas. Confira como fazer a higienização completa do animal.
As unhas crescem continuamente e podem incomodar a ave ou causar acidentes. O corte deve ser feito por profissionais ou com orientação veterinária, sempre respeitando a veia que passa dentro da unha.
Normalmente, o bico se desgasta sozinho com o uso de brinquedos de madeira, blocos minerais e galhos adequados. Caso cresça além do normal, deve ser avaliado por um veterinário.
Manter as penas limpas é essencial para a saúde da calopsita. Muitas delas gostam de tomar banho no chuveiro, acompanhando o tutor. O ideal é deixá-la em um poleiro portátil ou até no ombro, com a água em modo de ducha suave, sem jato forte, sempre em temperatura ambiente ou levemente morna.
A água deve cair como uma garoa, sem encharcar demais. E lembre-se de secar a calopsita muito bem, para evitar fungos e queda de imunidade. Isso pode ser feito naturalmente ou com auxílio de secador morno.
A gaiola deve ser higienizada diariamente. Comedouros e bebedouros devem ser lavados com frequência, e poleiros precisam de atenção especial para evitar fungos e bactérias.
As calopsitas precisam de 10 a 12 horas de sono contínuo por noite para manter a saúde e o equilíbrio emocional. A privação do descanso pode gerar irritabilidade, queda de imunidade e até problemas de comportamento.
Um sono reparador contribui para penas mais saudáveis, comportamento equilibrado e maior disposição durante o dia. Por isso, toda atenção é necessária nesse ponto.
A calopsita precisa de uma gaiola ampla, mas não deve passar o dia inteiro presa. É fundamental que tenha momentos fora da gaiola, interagindo e explorando o ambiente sob supervisão.
O espaço deve ser preparado, com janelas fechadas, ventiladores desligados, plantas tóxicas fora do alcance e fios elétricos protegidos. Uma sala ou cômodo seguro pode se transformar em área de voo para a ave.
Dentro e fora da gaiola, brinquedos variados são indispensáveis. Poleiros de diferentes espessuras, balanços, escadas e cordas ajudam no exercício físico e mental. A troca periódica dos itens mantém o interesse e evita o tédio.
As calopsitas são aves sociais por natureza. Na vida selvagem, vivem em bandos e formam pares para a vida toda. Em casa, esse comportamento se reflete: muitas vezes, a companhia de outra calopsita faz toda a diferença para o bem-estar.
Duas aves criadas juntas podem brincar, se acalmar mutuamente e até cantar em dueto. No entanto, mesmo em pares, continuam precisando da convivência com o tutor, já que a relação com humanos é parte essencial do vínculo.
Entretanto, não é recomendado a interação com outros animais, principalmente cães e gatos. É importante lembrar que esses pets possuem instintos de caça, e a calopsita, por seu tamanho reduzido, pode se tornar vulnerável.
Para garantir segurança, mantenha a calopsita em sua gaiola quando houver outros animais soltos no ambiente. O contato direto só deve acontecer sob a atenção do tutor. Afinal, basta um movimento brusco para causar um acidente.
A rede Seres, centro veterinário da Petz, conta com especialistas em aves e oferece exames preventivos, orientações nutricionais e acompanhamento de saúde em todas as fases da vida da calopsita.
Consultas regulares são fundamentais porque as aves tendem a disfarçar sintomas de doenças, e quando eles aparecem, a situação já pode estar avançada.
Ter uma calopsita é conviver com uma ave cheia de energia, carisma e sensibilidade. Elas exigem uma rotina de cuidados — alimentação correta, ambiente seguro, higiene e estímulos diários — mas retribuem com afeto, companhia e até música.
Confira, na Petz TV, mais fatos e curiosidades sobre a calopsita:
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