Alimentação

Perigo silencioso: conheça melhor a diabetes em cães

Publicado em 01 de agosto de 2025

Tempo de leitura: 5min

A detecção precoce da diabetes em cães é um grande desafio para responsáveis e veterinários. Assim como para os humanos, os hábitos da vida moderna estão entre as principais causas dessa condição em pets, que pode até ser fatal. Porém, afinal, do que se trata e como prevenir a diabetes em cachorros?

Cachorro com duas veterinárias.

Diabetes em cães: o que é e o que acontece no corpo do animal?

A diabetes dos animais é bem parecida com a dos humanos. Resumidamente, o corpo do animal não consegue produzir ou utilizar a insulina de forma correta. Porém, como isso acontece?

Pense na insulina como a chave para a glicose abrir a porta da célula. Sem ela, a glicose não entra. Com isso, o cachorro com diabetes apresenta mais fome, sede, aumento da frequência urinária e alterações na rotina que podem comprometer o bem-estar.

Existe uma causa para a diabetes em cães?

A diabetes em cães tem uma série de causas, que muitas vezes ocorrem de forma conjunta. De acordo com a Drª. Camila Garcia, médica-veterinária da Petz, entre as principais, estão:

  • obesidade;
  • doenças endócrinas, que causam desequilíbrio hormonal;
  • pancreatite (inflamação do pâncreas, órgão que produz insulina);
  • administração inadequada de medicamentos;
  • predisposição genética.

Além disso, os antagonismos hormonais também podem ser uma das causas. Trata-se da produção excessiva de hormônios que acabam impedindo a entrada da glicose nas células.

Considerando a herança genética dos animais, estudos mostram que algumas raças são mais predispostas a desenvolver diabetes, como Labrador, Golden Retriever, Dachshund, Spitz, Poodle e Schnauzer. É importante ressaltar que isso não significa que cães dessas raças necessariamente apresentarão a doença, nem que os de outras raças não podem ser acometidos pela condição.

Eu consigo perceber a diabetes no cachorro?

É fundamental conhecer bem o cão para identificar mudanças que podem dar pistas sobre a doença na fase inicial. No começo, ele pode apresentar alterações discretas, como:

  • leve aumento na sede;
  • aumento de apetite;
  • cansaço e sedentarismo;
  • maior frequência de micção.

Outra característica comum é o acúmulo de açúcar na urina, uma vez que a substância não consegue entrar nas células. Quando isso acontece, o responsável pode perceber formigas sendo atraídas pelo xixi.

Cachorro SRD passando a língua no focinho.

Diagnóstico e tratamento da diabetes em cães

Conversar com o veterinário e relatar as mudanças percebidas ajuda o profissional a chegar ao diagnóstico. No entanto, ele só é confirmado por exames de sangue, que medem a glicemia, ou seja, a quantidade de açúcar (glicose) no sangue do cachorro. Além disso, exames de urina podem detectar a presença de glicose.

A diabetes em cachorro tem cura? Infelizmente não. Uma vez diagnosticada a doença, o animal deverá ter acompanhamento ao longo de toda a vida, o que pode incluir aplicações de insulina para cães. Contudo, algumas medidas podem garantir longevidade e tranquilidade ao pet.

Além disso, a diabetes em cães demanda uma alimentação diferenciada para o animal. A dieta deve ser recomendada pelo veterinário, que pode indicar rações específicas para pets com a doença e alterar a forma como as refeições são servidas ao longo do dia, estipulando horários certos.

Outras mudanças podem ser necessárias no cotidiano do animal de estimação para o tratamento da diabetes canina. A adoção de exercícios físicos e brincadeiras, por exemplo, é recomendada. No caso das fêmeas, a castração também é indicada, porque a progesterona interfere na ação da insulina, contribuindo para o mau controle da glicemia.

Dá para controlar a diabetes em casa?

Sim, dá para ter um bom controle da diabetes ao observar o animal em casa, além de manter o acompanhamento regular com o veterinário. Com o controle da doença, os sintomas da diabetes em cães descritos acima devem desaparecer.

Caso eles voltem, o retorno ao profissional deve acontecer mais cedo que o previsto. Além disso, hoje existem dispositivos para fazer o controle da glicose de forma mais adequada e facilitada. Eles são colocados sob a pele do pet e conectados ao celular do responsável.

Vale lembrar a importância de controlar a condição e seguir à risca todas as orientações do veterinário. Afinal, a diabetes em cachorro causa cegueira devido à catarata, além de insuficiência cardíaca ou renal, entre outras enfermidades. A doença também pode afetar outros órgãos, causando a sobrecarga do organismo e evoluindo para quadros mais graves.

O que fazer para prevenir a diabetes?

A boa notícia é que existem algumas formas de prevenir a diabetes. O segredo é simples: um estilo de vida saudável. A dieta adequada, bem como a prática de exercícios regulares, já é mais de meio caminho andado. Além disso, a Drª. Camila pontua:

  • evite a administração de corticoides em dose alta e por longo tempo;
  • evite o sedentarismo, estimulando práticas regulares de exercício;
  • atente-se aos sintomas que podem indicar outros problemas hormonais;
  • castre o animal, pois a castração tem um papel importantíssimo na prevenção de diversas doenças para além da diabetes.

Veterinário segurando filhote de cachorro de pelo branco.

Agora que você já sabe essas informações sobre a diabetes em cães, tem mais chances de ajudar o pet quando ele precisar. O blog da Petz também oferece mais dicas sobre a saúde dos pets. Confira mais dos nossos artigos.

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6 comentários em "Perigo silencioso: conheça melhor a diabetes em cães"

  1. Nao sabia que cão poderia ter diabetes,vou ficar mais atenta ao meu peludinho .
    Foi muito importante saber , fico grata pela informação. Obrigada

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