A focinheira para cachorro é frequentemente associada a cães bravos ou situações extremas. Na prática, não é bem por aí. O seu uso pode ser necessário e até mesmo obrigatório em diversos contextos, visando proteger o próprio pet, além de outros animais e pessoas ao redor. Portanto, vale entender mais sobre o assunto.
A fim de explicar tudo o que você precisa saber sobre a focinheira, o blog da Petz te conta as diferentes funções do acessório, em quais regiões do Brasil ela é obrigatória e como adicioná-la no dia a dia do seu cachorro, sem estresse. Continue lendo para saber mais.
Diferente do que muitos pensam, a focinheira de cachorro pode ser um aliado importante em diversas situações, até mesmo para cães dóceis e adestrados. Confira alguns cenários em que o uso é indicado:
É importante lembrar que a focinheira não é usada apenas por cães considerados bravos ou reativos. E mesmo que o seu pet tenha esse tipo de comportamento, isso não deve ser interpretado como algo “certo” ou “errado”.
O comportamento animal é influenciado por fatores como genética, socialização e experiências de vida. Usar focinheira não é um castigo — na verdade, pode ser uma forma de garantir segurança e bem-estar ao cachorro, sem qualquer juízo de valor.
A focinheira é exigida por lei em algumas regiões do Brasil, principalmente para cães de determinadas raças ou portes. Importante destacar que as regras variam em cada estado e a obrigatoriedade costuma estar ligada à condução do animal em espaços públicos.
Em geral, as leis se aplicam a cães das seguintes raças (incluindo suas variações ou cruzamentos):
É importante frisar que isso não quer dizer que todos os cachorros no grupo serão agressivos. Apenas que, como qualquer cachorro, podem reagir em situações de estresse, com muitos estímulos. A escolha das raças envolve pesquisas sobre porte, histórico de acidentes registrados, força e potencial da mordida do animal.
A legislação local exige o uso de focinheira e guia para cães de grande porte ou considerados de guarda ou ataque, sempre que estiverem em locais públicos. O não cumprimento dessas regras pode acarretar multa e apreensão do animal.
Cães das raças Pit Bull, Rottweiler, Mastim Napolitano, American Staffordshire Terrier e seus cruzamentos só podem circular em locais públicos com guia e focinheira. A lei também recomenda o uso do acessório para animais que apresentam comportamento agressivo. Conduzir animais dessa raça sem focinheira pode resultar em multa.
Além de exigir focinheira, coleira e guia conduzida por um adulto, o estado determina que cães de determinados grupos sejam castrados a partir dos 6 meses de idade. Além disso, raças como Pit Bull, Fila Brasileiro, Rottweiler e Doberman estão proibidas de circular em praias, mesmo com os acessórios adequados. O descumprimento da norma pode resultar em multa de até R$ 22,6 mil e apreensão do animal em caso de reincidência.
Desde 2025, o estado mineiro passou a exigir focinheira para raças como Pit Bull, Rottweiler, Fila Brasileiro e Dobermann. Os cães devem ser conduzidos por maiores de 18 anos, com identificação visível na coleira.
A lei também proíbe a entrada e procriação das raças no estado, ao mesmo tempo em que permite a adoção de animais do grupo que já estão na região. Em casos de acidentes, a pena pode chegar a R$ 16 mil.
Também em 2025, foi decretada lei que regulamenta a criação, comercialização e circulação dos cães da raça Pit Bull e de outras 10 derivações — incluindo American Bully e Pit Monster — no estado de Santa Catarina.
Os cachorros devem andar com focinheira, guia e sempre conduzidos por maiores de 18 anos. A lei também prevê castração para os animais da raça, a partir dos seis meses. Não cumprir as ordens pode resultar em multa de R$ 5 mil reais.
O estado determina que cães de porte médio e grande (com mais de 20kg), incluindo raças como Pit Bull, Rottweiler, American Staffordshire Terrier e Mastim Napolitano, são obrigados a usar focinheira e guia curta em locais públicos. O mesmo vale para animais que são conduzidos por pessoas com dificuldades motoras ou de controle. O não cumprimento pode gerar multas e outras penalidades.
As regras que envolvem o uso da focinheira variam conforme a cidade ou o tipo de ambiente público. Por isso, é essencial consultar a legislação local e os decretos municipais para garantir o cumprimento adequado das normas.
Foto de Annie Spratt na Unsplash
Mesmo quando não é exigida por lei, a focinheira pode ser uma medida de segurança para o animal, para o tutor e para quem estiver ao redor — especialmente em situações em que o cão possa se sentir ameaçado ou sobrecarregado.
O mais importante é que o acessório seja introduzido de forma positiva, sem causar medo ou desconforto ao pet. Afinal, o uso da focinheira não é um castigo e não deve, de forma alguma, machucar o cachorro.
Este conteúdo é apenas para esclarecer dúvidas sobre legislação e uso responsável da focinheira. O ideal é sempre consultar um médico-veterinário ou adestrador profissional para avaliar as necessidades específicas do seu cão, com todas as informações em mente.
Se você acredita que o seu cachorro pode se beneficiar do item, é preciso aprender como colocar focinheira em cachorro. A prática deve ser feita aos poucos, acostumando o animal ao acessório. Confira, a seguir, algumas dicas:
Lembre-se de não forçar o cachorro em nenhuma etapa do processo. Se sentir que o animal está com medo ou desconfortável, recomece mais tarde.
Já para escolher o melhor modelo de focinheira para o pet, é preciso consultar o médico-veterinário ou o adestrador. Atualmente, existem opções de diversos materiais, incluindo aqueles que permitem que o animal coma e beba água com a focinheira.
Se precisar de ajuda, seja para acostumá-lo com o objeto ou para controlar comportamentos indesejados na rotina, conte com a equipe da Cão Cidadão. O time é formado por adestradores profissionais, com experiência e protocolos seguros para lidar com animais de todas as raças e temperamentos.
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