Saúde e Cuidados

Leishmaniose em gatos: a doença também afeta bichanos? Descubra e saiba como proteger seu pet

A leishmaniose é uma doença causada por um parasita, que pode ter diferentes manifestações em seu hospedeiro. A enfermidade frequentemente é associada a cachorros. Mas será que também há casos de leishmaniose em gatos? Como o problema afeta bichanos? O que fazer para se proteger?

 

Para tirar estas e outras dúvidas, continue lendo. Consultamos um especialista que respondeu tudo sobre leishmaniose nos felinos!

O que é leishmaniose?

O termo pode ser até bastante comum, mas você sabe o que é leishmaniose? O Dr. Bruno Saito, médico-veterinário da Petz, explica com detalhes do que se trata a doença. “A leishmaniose é uma doença causada pelo protozoário do gênero Leishmania spp”, comenta. 

Ou seja, trata-se de uma enfermidade causada por um parasita. O protozoário se aloja no corpo do hospedeiro e ataca órgãos diferentes. Dependendo da resposta do organismo, diferentes sintomas podem surgir. Apesar da leishmaniose em gatos não ser comum, ela ainda é considerada um problema global e uma das principais zoonoses do mundo.

Contágio da leishmaniose em gatos

O contágio da leishmaniose nos gatos se dá através da picada de um mosquito.  O Dr. Bruno explica que é um caso bem semelhante ao da dengue. Entretanto, o agente causador é distinto. 

“A leishmaniose é transmitida a partir da picada do mosquito palha”, comenta o veterinário. “Para que ocorra a transmissão, o mosquito precisa picar um animal doente. A partir de então, ele poderá passar a doença para animais saudáveis”, complementa.

Entretanto, a leishmaniose em gatos é considerada rara. Assim, os cachorros possuem riscos muito maiores do que os bichanos. “Os felinos parecem ser mais resistentes à doença”, comenta o Dr. Bruno.

 

“O protozoário tem mais dificuldade de se reproduzir no gato do que no cão, o que diminui a resposta inflamatória e, por consequência, os sinais clínicos”, afirma. Ou seja, apesar da leishmaniose ser uma doença séria, os gatos não possuem grandes riscos.

Leishmaniose em gatos: há riscos para humanos?

A leishmaniose é uma zoonose. Isso significa que a doença pode contaminar tanto animais quanto humanos. Entretanto, isso não significa que ela é uma enfermidade contagiosa. 

“A transmissão entre humanos é feita da mesma maneira que entre os animais: através da picada de um mosquito contaminado”, afirma o Dr. Bruno. Claro que tenr um peludo doente em casa pode aumentar as chances de transmissão. Entretanto, o especialista explica que, no caso dos felinos, é mais difícil isso ocorrer. 

“O mosquito precisa picar um gato com leishmaniose ativa”. Como a doença raramente ocorre nos bichanos, a leishmaniose em gatos apresenta poucos riscos também para humanos. 

Sintomas da leishmaniose em gatos

O desenvolvimento da doença vai depender da resposta do organismo do pet ou pessoa infectada. Conforme explica o Dr. Bruno, ao combater a doença o corpo gera imunocomplexos. Estas moléculas ocorrem quando os glóbulos brancos tentam combater o excesso de agente contaminante. 

Elas podem se acumular em três lugares diferentes e, em cada um deles, uma série de sintomas de leishmaniose em gatos poderá aparecer. Abaixo, o veterinário explica brevemente cada um dos casos. 

1. Leishmaniose cutânea

As principais manifestações quando um gato pega leishmaniose cutânea se dão na pele do pet contaminado. Seus sintomas são:

  • Feridas pelo corpo;
  • Hiperqueratose (espessamento da pele);
  • Feridas na boca e gengivas;
  • Aumento das unhas,
  • Nódulos na pele, focinho e patas.

2. Leishmaniose ocular

É bastante similar à cutânea, porém o órgão afetado é o olho. Seus sintomas são: 

  • Queda de pelo ao redor dos olhos;
  • Vermelhidão;
  • Conjuntivite (inflamação),
  • Olho seco.

3. Leishmaniose visceral

Ocorre quando quando há excesso de imunocomplexos em órgãos e articulações. É considerada a forma mais grave. Neste cenário, os sintomas que se manifestam quando gato tem leishmaniose visceral são:

  • Perda de peso;
  • Aumento da ingestão de água;
  • Aumento do volume e frequência do xixi;
  • Febre;
  • Tosse;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Manchas na pele;
  • Sangramentos nasais e gengivais,
  • Fezes com sangue.

O Dr. Bruno explica que os três cenários podem ocorrer no caso da leishmaniose felina. Entretanto, conforme afirmado anteriormente, a doença é extremamente rara nos bichanos. 

 

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