Quando o assunto são espécies de aves, o Brasil é um dos grandes campeões em diversidade, ficando atrás somente da Colômbia. Já quando falamos de raça de cachorro brasileiro, estamos longe de ser um expoente.
Enquanto a Europa é o local de origem de mais de 200 raças, por aqui, esse número mal ultrapassa uma dezena. E é comum que muita gente nem mesmo se lembre delas. Para mudar isso, vamos conhecer melhor cinco raças nativas de cachorro?
O Terrier Brasileiro é uma das raças mais dóceis, companheiras e alegres. Por conta de toda sua energia e senso de proteção, ele é ideal para o convívio com crianças, com quem pode brincar ao longo do dia.
Também conhecida como Fox Paulistinha, a origem dessa raça é cercada de mistérios. Muitos acreditam que ela teria surgido a partir da mistura de cães das raças Fox Terrier, Jack Russell Terrier, Pinscher e até Chihuahua.
Se quiser ter um Terrier Brasileiro em casa, é fundamental garantir a ele boas doses de atividade física, além de muitos desafios mentais e consistência no adestramento. Do contrário, o pet pode ficar estressado e desenvolver problemas de comportamento.
Acredita-se que o Bulldog Campeiro teria surgido no século 18, no Rio Grande do Sul, a partir de cruzamentos entre o Bulldog Inglês e o Bull Terrier. O objetivo era criar uma raça forte e musculosa, mas ágil o suficiente para correr e impedir a fuga de bois.
O temperamento da raça é típico de um Buldogue Serrano ou qualquer outro parente! Muito fiéis aos tutores e à família, essa raça de cachorro brasileiro é uma das mais tranquilas que existe. Eles latem pouco e podem se dar muito bem com as crianças.
Mas, ao mesmo tempo, podem ser ciumentos e muito desconfiados com estranhos, sendo necessário investir em seu adestramento. Ainda mais quando a intenção é tê-lo como um cão de guarda.
Assim como o Fox Paulistinha, a origem do Fila Brasileiro é um mistério, mas algumas correntes apontam que seria o resultado da mistura de cães das raças Mastiff, Bulldog e até de cães indígenas ou animais selvagens, como o lobo-guará!
O Fila Brasileiro é muito carinhoso e brincalhão. Apesar de seu tamanho imponente, é comum vê-lo brincando com crianças, de forma paciente. Mas o fato de ele ser tranquilo não significa que você possa relaxar no adestramento! Isso porque o Fila também pode ser muito teimoso e desconfiado com estranhos.
Mais uma raça com origem no Rio Grande do Sul, o Ovelheiro Gaúcho nasceu para ajudar no pastoreio de rebanhos. De cara, sua aparência se destaca pela similaridade com outro conhecido cão pastor, o Border Collie. No entanto, não se tem conhecimento de quantas raças foram cruzadas até chegar à de origem brasileira.
Esta é uma raça de cachorro brasileito muito inteligente. Esses pets são capazes de aprender comandos com facilidade. Por isso, é fundamental oferecer adestramento e desafios que estimulem sua cognição. Além disso, são muito enérgicos, o que faz com que eles necessitem de atividades físicas frequentes.
Assim como algumas raças europeias deixaram de existir, o Brasil também perdeu algumas raças com o passar dos anos, entre elas, o Rastreador Brasileiro. De acordo com os registros históricos, Oswaldo Aranha Filho teria sido o responsável por dar início à linhagem, a partir dos anos 50.
Por isso, foram feitos cruzamentos seletivos entre cães das raças Foxhound Americano, além do Coonhound preto e castanho, Pequeno azul da Gasconha e Bluetick Hound Americano. O Rastreador Brasileiro foi a primeira raça brasileira a ser oficializada pela instituição.
Em 1973, ela foi considerada extinta devido a uma infestação de carrapatos que tomou conta do rebanho de Aranha Filho — até então único criador da raça. A boa notícia é que, desde então, alguns fazendeiros que haviam ganhado Rastreadores do criador original vêm fazendo esforços para trazer a raça de volta!
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