Bem-Estar

Coronavírus em cães e gatos? Saiba como ajudar seu pet durante a pandemia!

Publicado em 31 de março de 2020

Tempo de leitura: 5min

Diante da pandemia da Covid-19, que tirou as pessoas do convívio social, muita gente tem evitado passear com seus bichinhos nas ruas. Por ser um vírus novo, que se espalhou de maneira avassaladora, muitos tutores — naturalmente apreensivos — têm receio do contágio do coronavírus em cães e gatos.

Para entender melhor o assunto, confira mais informações sobre o contágio da família de coronavírus em animais de estimação e como agir durante a pandemia da Covid-19. Acompanhe!

Gato sendo acariciado no rosto

Afinal, é possível que meu pet contraia Covid-19?

Até o momento, pesquisas não indicam que a Covid-19 possa ser transmitida entre bichos e humanos. “Aparentemente, trata-se de um vírus que afeta apenas humanos, mas pouco se sabe ainda sobre ele”, esclarece a médica-veterinária da Petz, Valéria Correa.

De todo modo, é importante ressaltar a presença do coronavírus na veterinária. Por isso, os cães, por exemplo, já são vacinados contra a doença, mas é importante salientar que a família do coronavírus que os acomete é diferente da Covid-19.

“No caso do coronavírus em cachorro, os sintomas são gastrointestinais (diarreia e vômito), não problemas respiratórios, como acontece com os humanos”, esclarece o médico-veterinário comportamentalista, Dalton Ishikawa.

Já em gatos, não existe vacina contra a coronavirose. Por isso, infelizmente, existe a infecção por coronavírus que é provocada pelo coronavírus felino (FCoV), causando a Peritonite Infecciosa Felina, a PIF.

Os gatos infectados podem apresentar diferentes sinais clínicos, como o acúmulo de líquido no peritônio (membrana que envolve os órgãos abdominais). Febre, perda de peso, falta de apetite, sinais neurológicos e outros também podem aparecer.

Portanto, nesta época de pandemia, Ishikawa orienta expor o pet o mínimo possível, optando por horários mais calmos, nos quais tenham menos pessoas na rua. Além disso, segundo ele, somente as atividades indoor não suprem os passeios: uma complementa a outra.

Cachorro recebendo carinho na cabeça

Como funcionam as vacinas contra coronavírus em cães?

Há indicações de vacinas precisam ser obrigatoriamente aplicadas nos cães, especialmente nos primeiros meses de vida. Os peludos têm a sorte de receberem a vacina múltipla, que previne as seguintes doenças: adenovirose, cinomose, doença do coronavírus canino, hepatite infecciosa canina, leptospirose, parainfluenza canina e parvovirose.

Vale ressaltar que as vacinas destinadas a cães e a gatos são distintas e precisam seguir cronogramas específicos. O ideal é que o tutor defina o calendário de imunização do pet junto ao médico-veterinário!

 

Gato deitado na cama

Outras formas de proteger a saúde do seu pet!

Quanto à higienização, Dalton informa que profissionais do segmento pet têm discutido sobre a limpeza dos bichinhos. Porém, ele adianta que o álcool 70 — extremamente relevante para a nossa assepsia — é irritante aos coxins (almofadinhas das patas) dos cães.

Além disso, os lenços umedecidos — tanto para bebê quanto os já existentes nos pet shops —, apesar de retirarem o excesso de sujeira, não são cientificamente comprovados de possuírem uma ação contra vírus em cães e gatos.

Realmente, o que é ideal para lavar as patinhas é água e sabão, lembrando de secá-las bem após essa higienização. “É trabalhoso, mas é o único meio eficaz que funciona de verdade”, comenta o especialista.

O ph da pele humana varia entre 4,3 e 5,9, por exemplo, o dos cães, entre 6,3 e 7,5; portanto, é terminantemente proibido utilizar xampu para humanos nos animais. O produto – por ser muito ácido para eles – pode causar ressecamento, coceira, irritações e dermatite, que é a inflamação na pele. O mesmo pode acontecer se usar detergente; então, nem pensar.

O veterinário é taxativo ao dizer que o mais correto a se fazer é utilizar o xampu, sabão ou sabonete de uso veterinário específico para a espécie: xampu, sabão e/ou sabonete de cães para cães; xampu, sabão e/ou sabonete de gatos para gatos. Ele reforça a importância da secagem do pelo depois que lavá-lo. “Se formos um pouco desleixados em relação à secagem, às vezes o animal pode até ter uma infecção bacteriana por umidade”, esclarece.

“Na dúvida, o melhor mesmo é tentar sair o mínimo possível”, explica o veterinário. Agora, aquele banho de sol na janela, varanda ou quintal que eles adoram é sem restrição!

Dalton Ishikawa também indica realizar brincadeiras com o pet em casa, com brinquedos interativos e atividades físicas. Além do mais, os tutores devem se atentar para as reais necessidades do bicho. Ou seja, enriquecer o ambiente de estímulos que ele usaria em ambiente livre. “Se não, a casa torna-se menos convidativa”, completa.

Agora você está bem informado sobre o coronavírus em cães e gatos, e como ajudar cuidar do seu peludinho durante a pandemia. Quer ficar por dentro de mais novidades sobre o mundo pet? Acompanhe nossas publicações aqui, no blog da Petz!

 

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