Bem-Estar

Transporte aéreo de animais: conheça todas as informações necessárias

Publicado em 26 de janeiro de 2022

Tempo de leitura: 8min

Se dependesse só da nossa vontade, os pets iriam conosco a todos os lugares! O problema é que nem sempre os serviços e os estabelecimentos estão preparados para recebê-los. No caso das viagens, por exemplo, além da dificuldade de encontrar um hotel, há o receio com o transporte aéreo de animais.  

cachorro no banco de um avião em caixa especial para o transporte aereo de animais

O medo é compreensível e, por causa dele, muitos tutores optam por deixar o amigo de quatro patas em terra firme. Para quem pensa em viajar com o pet, mas ainda não teve coragem, a boa notícia é que é possível fazer o transporte de animais em avião com segurança.

Lembrando que as regras citadas aqui não são as mesmas para quando você precisa viajar com um cão-guia ou um animal de apoio emocional. Algumas podem convergir, mas as legislações nacionais e internacionais, assim como as exigências das companhias aéreas, são diferentes nesses casos.

Como comprar passagem aérea para pets: primeiro passo

Se você planeja levar o pet com você em sua próxima viagem de avião, deve estar atento aos cuidados necessários. É muito importante saber qual é o procedimento para comprar passagens para viajar de avião com animais. Além disso, preste atenção a muito mais que somente os horários do voo.

  • Antes de começar a pesquisa por passagens, verifique quais companhias realizam o transporte aéreo de animais e quais são as condições (peso, tamanho da caixa de transporte e local em que o pet será transportado);
  • No caso de cães e gatos, se for possível, dê preferência às companhias que permitem que o pet vá na cabine com você, onde você pode observá-lo e transmitir segurança a ele;
  • O limite de peso (soma do peso do pet e da caixa) permitido na cabine varia conforme a companhia. Então, fique atento na hora de escolher;
  • Se ultrapassar o limite de peso permitido na cabine, o transporte de cães e gatos também poderá ser feito no compartimento de carga ou em um compartimento especial para pets, dependendo da companhia. Nesse caso, também há um limite de peso de acordo com cada empresa;
  • Outros pets, como aves, répteis e roedores, assim como cães e gatos que ultrapassem o limite de peso do compartimento de carga ou de pets, poderão ser transportados em outra aeronave por meio de outros serviços. Verifique a disponibilidade e as condições da companhia de sua preferência;
  • Prefira voos mais curtos e diretos. Lembrando que não é permitido o transporte aéreo de animais em voos com conexão em que há troca de companhia;
  • Após a compra da passagem, o lugar do pet deverá ser “reservado” o quanto antes, visto que existe um limite por voo — geralmente, de três cães ou gatos;
  • No momento de escolher os assentos, tenha em mente que você não poderá ficar com o pet na primeira fila ou nas saídas de emergência.

O transporte aéreo para animais também é cobrado pelas companhias, tanto na cabine quanto nos compartimentos especiais. Não esqueça de verificar a tarifa na hora da compra para evitar surpresas.

gatos em bagagens especiais para transporte aereo de animais

A escolha da caixa de transporte

Por mais que seu amigo esteja acostumado ao colo, durante todo o voo, ele deverá permanecer, obrigatoriamente, em uma caixa para transporte de animais. Na hora da escolha, além de levar em conta o bem-estar do pet, é preciso pensar nas recomendações das companhias. Veja algumas dicas.

  • Cada companhia aérea possui um limite para o tamanho das caixas que irão tanto na cabine quanto nos compartimentos especiais. Sempre verifique essa informação;
  • Para ser aceita, a caixa deverá ser rígida, ter ventilação, ser feita com material resistente (fibra ou plástico) e impermeável, em perfeito estado de conservação, além de muito limpa;
  • Caixas flexíveis também são aceitas por algumas companhias para voos na cabine. Nesse caso, o tecido sempre deve ser impermeável;
  • Fique atento à trava da porta. Ela deve ser resistente para evitar aberturas acidentais;
  • Nunca use caixas com rodinhas em aviões. Além de perigosas, elas não são permitidas pelas companhias;
  • No caso de cães e gatos, o tamanho ideal da caixa é aquele em que o pet consegue ficar em pé e dar uma volta de 360° em si mesmo;
  • Se perceber que o tamanho de caixa ideal vai ultrapassar o limite estabelecido, nem pense em optar por uma menor. Além disso ser verificado pelas companhias, uma caixa que não permite movimento pode trazer sérios prejuízos ao pet;
  • Caixas grandes demais também não são recomendadas, visto que não dão estabilidade e podem machucar o animal;
  • Existem caixas específicas para o transporte aéreo de aves, roedores, répteis e outros animais. Verifique as recomendações de cada companhia.

Quanto ao que deverá ser colocado na caixa de transporte, a Dra. Karina Mussolino, médica-veterinária e gerente de clínicas da Petz, diz que depende muito da duração da viagem. Porém, água sempre deve estar à disposição. 

Já para a comida, o ideal é seguir as orientações do veterinário. “Raças mais delicadas e de porte pequeno não podem ficar tempo prolongado de jejum para evitar queda de glicose no sangue, o que pode ocasionar desmaios e/ou convulsões”, explica.

Transporte de animais em avião: documentação necessária

Da mesma forma que precisamos de documentação específica para viajar, o embarque dos animais de estimação também depende da apresentação de certos documentos e certificados. Confira tudo o que você vai precisar para o embarque do seu amigo em voos domésticos e internacionais a seguir.

Para o transporte de animais interestadual/doméstico.

  • Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada a mais de 30 dias e a menos de 1 ano;
  • Atestado de saúde emitido por médico-veterinário até 10 dias antes da viagem, garantindo que o pet está saudável e em boas condições para viajar.

Para o transporte aéreo de animais internacional.

  • Carteira de vacinação com comprovante de vacina antirrábica aplicada a mais de 30 dias e a menos de 1 ano;
  • Atestado de saúde emitido por um médico-veterinário até 10 dias antes da viagem;
  • Certificado Veterinário Internacional (CVI) válido por 60 dias corridos após a emissão (para América do Sul);
  • Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) válido por 60 dias corridos após a emissão;
  • Atestado sanitário emitido por um veterinário até 10 dias antes da emissão do CVI, garantindo que o pet está saudável.

Vale ressaltar que essa é apenas a documentação exigida pelas companhias aéreas para embarque no Brasil. No caso de voos internacionais, além dela, é preciso conferir quais são as condições para a entrada do pet no país de destino, o que pode ser visto no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em que você também consegue solicitar o CVI.

Preparando o transporte de animais em avião

Já comprou as passagens, escolheu a caixa de transporte e garantiu toda a documentação necessária para viajar com animais? Então, é hora de prepará-lo para o grande dia! Saiba como fazer isso.

  • Aproveite para acostumar o pet à caixa de transporte cerca de um mês antes da viagem. Comece deixando a caixa com a porta aberta e colocando alguns brinquedos dentro, permitindo que o seu amigo entre e saia dela livremente. Quando perceber que ele se sente à vontade, feche a porta por alguns minutos e permaneça perto dele, fazendo isso gradualmente até que ele se habitue com o acessório;
  • Consulte um veterinário a respeito do conteúdo e da frequência da alimentação no dia da viagem, tanto antes, quanto durante o voo;
  • Não menospreze a importância do atestado de saúde. É fundamental que ele só seja emitido pelo veterinário após um exame cuidadoso do seu amigo para garantir o bem-estar dele;
  • Cães e gatos braquicefálicos devem receber atenção especial, devendo passar por um check-up completo antes da viagem, incluindo exames cardíacos, visto que possuem maior dificuldade respiratória;
  • Ao contrário do que muitos acreditam, não é recomendado sedar o pet antes de embarcar. Na verdade, muitas companhias chegam a proibir essa medida.

Para reforçar, a Dra. Karina alerta que qualquer medicação só deve ser usada com orientação veterinária. “Não se costuma indicar nada sem avaliação e exames prévios”, diz.

Chegada ao destino

Pensou que os cuidados com o transporte aéreo de animais tinham chegado ao fim? Nada disso! Tenha o pet permanecido na cabine ou no compartimento de cargas, ao chegar no destino, o primeiro ponto de atenção é a hidratação. Por isso, dê água fresca em abundância a ele.

Ainda que seu amigo tenha comido pouco durante a viagem, ofereça somente uma pequena porção de alimento e evite que ele faça muito exercício. Principalmente no caso dos cães de porte grande, atividades como correr e pular após a refeição podem levar a um quadro de dilatação ou torção gástrica.

caixas especiais para o transporte aereo de animais

Está programando uma viagem com seu companheiro de estimação? Encontre mais dicas sobre como manter seu pet confortável e saudável aqui, no blog da Petz! Estamos sempre postando conteúdos educativos a respeito dos peludos!

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