Gato filhote: guia completo de cuidados e preparação para o novo felino
Publicado em 26 de setembro de 2025Tempo de leitura: 12min

Adotar um gato filhote é um momento especial, mas também de grande responsabilidade. O tutor precisa estar preparado para oferecer os cuidados adequados desde o início, garantindo saúde, bem-estar e adaptação tranquila ao novo lar.
Pensando nisso, preparamos um guia completo com tudo o que você precisa saber sobre filhotes de gato: desde a preparação da casa para recebê-lo até assuntos fundamentais como saúde, alimentação, sono, higiene e enriquecimento ambiental. Confira.
Índice:
- O que fazer antes de adotar o gato?
- Saúde
- Alimentação
- Hidratação
- Sono
- Higiene
- Gatificação
O que fazer antes de adotar o gato?
Antes de adotar um filhote, é essencial avaliar se a família tem condições de assumir esse compromisso. Os gatos podem viver até cerca de 20 anos, dependendo da raça e dos cuidados. Isso significa que a chegada do felino deve ser pensada a longo prazo — incluindo recursos financeiros, tempo e dedicação.
Com isso em mente, se você acredita que chegou a hora de adotar um gato, é preciso ficar por dentro de alguns cuidados e preparações para receber o animal da melhor maneira. A seguir, vamos te explicar tudo o que você precisa saber.
Preparação da casa
O primeiro passo é garantir a segurança do felino. Filhotes são curiosos e tendem a explorar tudo, o que aumenta o risco de acidentes domésticos. Portanto, você deve:
- instalar telas em todas as janelas da casa ou do apartamento;
- manter fios elétricos fora do alcance;
- colocar produtos de limpeza em armários fechados;
- retirar plantas tóxicas do ambiente.
Outro ponto essencial é organizar um espaço exclusivo para o filhote nos primeiros dias. Um ambiente reservado, com acesso fácil a água, alimento e caixa de areia ajuda a reduzir o estresse da adaptação. Também é importante deixar o local de descanso, com cama e coberta, distante das correntes de ar.
Enxoval do filhote
Preparar um enxoval adequado garante praticidade no dia a dia do tutor, além de potencializar o bem-estar e a saúde do gato. Os principais itens para colocar na lista são:
- caixa de transporte: fundamental para levar o gato ao veterinário e para passeios esporádicos com segurança;
- caixa de areia: escolha um modelo do tamanho adequado e posicione em local tranquilo da casa;
- areia higiênica: existem diversas versões do produto, variando no material e no tamanho dos grãos. O ideal é testar qual o gato se adapta melhor;
- comedouros e bebedouros: prefira materiais como inox ou cerâmica, que são mais fáceis de higienizar. Bebedouros tipo fonte também incentivam a ingestão de água;
- cama ou cobertor: oferece conforto e ajuda a delimitar o espaço de descanso;
- arranhadores: essenciais para satisfazer o instinto natural do felino. O produto ainda evita que móveis sejam danificados com arranhões.
Com esses produtos, já dá para oferecer uma rotina saudável e estimulante para o filhote. Porém, ao longo do tempo, você vai conhecer melhor o seu pet, suas preferências e poderá adquirir mais itens e brinquedos que sejam a cara do animal.
Saúde
Garantir a saúde de um filhote envolve prevenção, acompanhamento veterinário e atenção a sinais de alerta. Confira mais sobre a saúde do gato nessa fase e como proteger o seu pet de doenças e problemas comuns.
Visitas ao veterinário
A primeira consulta veterinária deve ocorrer logo após a chegada do filhote. É nesse momento que o profissional vai avaliar o estado geral de saúde, indicar o início do calendário de vacinação, orientar sobre vermifugação e prevenção contra parasitas, além de indicar os melhores exames preventivos.
Doenças mais comuns
Filhotes são mais vulneráveis a algumas condições de saúde. Entre as principais estão:
- Panleucopenia Felina: é altamente contagiosa. Pode afetar a médula óssea, o sistema imunológico e intestinal, além de ser potencialmente fatal. Causa vômito, febre alta, diarreia e perda de apetite. A prevenção é com vacinação;
- Rinotraqueíte ou gripe felina: doença causada pelo herpesvírus felino tipo 1, afetando o trato respiratório superior. Pode causar espirros, secreção nasal e ocular, conjuntivite e febre. A prevenção é feita com vacinação e hábitos de higiene;
- Verminoses: são infestações de parasitas intestinais. A transmissão se dá principalmente pela ingestão de alimentos ou fezes contaminados. O paciente pode apresentar diarreia, vômitos, inchaço abdominal, perda de peso e de pelos;
- Vírus da Leucemia Felina (FeLV): causada por retrovírus que afeta a imunidade. A transmissão acontece principalmente por contato com gatos doentes. O felino apresenta infecções recorrentes e anemia. Não há cura, mas existe vacina;
- Vírus da imunodeficiência felina (FIV): causada por um retrovírus semelhante ao HIV. A principal forma de contágio é por mordidas de gatos doentes. O animal pode ter inchaço dos gânglios, perda de peso, apatia e fraqueza. Também não há cura.
Para saber ainda mais sobre as doenças FIV e FeLV, assista ao vídeo da Petz TV:
Castração: fazer ou não?
A castração é um procedimento importante tanto para a saúde do gato quanto para o controle populacional.
Além de evitar ninhadas indesejadas, traz benefícios comprovados: em fêmeas, reduz em até 90% o risco de câncer de mama quando feita no período adequado. Já em machos, ajuda a diminuir a marcação de território e a tendência a fugas.
O momento certo para a cirurgia deve sempre ser definido pelo médico-veterinário responsável, considerando a idade e as condições de saúde do filhote.
Sinais de alerta no gato filhote
Estar atento ao comportamento e ao aspecto físico do filhote é fundamental. Nesse caso, vale aprender alguns sinais de alerta. Confira:
- falta de apetite ou perda rápida de peso;
- diarreia ou vômitos persistentes, com ou sem presença de sangue;
- tosse, espirros frequentes ou dificuldade respiratória;
- dificuldade ou recusa para se locomover;
- coceira intensa ou presença de pulgas e carrapatos.
Se o gato apresentar algum desses sintomas, leve-o para uma avaliação com o médico-veterinário. Assim, o profissional poderá realizar exames e fazer uma análise clínica, para se certificar de que está tudo certo com o animal ou prescrever algum tratamento específico.
Alimentação
A nutrição adequada é outro pilar para o desenvolvimento saudável do gato. Nos primeiros meses de vida, o organismo precisa ainda mais de proteínas, vitaminas, minerais e ácidos graxos. Isso vai garantir crescimento equilibrado, fortalecimento da imunidade e energia.
Desmame ou troca de ração
O desmame costuma acontecer entre a 4ª e a 8ª semana de vida. Até esse período, o leite materno é o principal alimento, já que fornece todos os nutrientes e anticorpos necessários. Por isso, o filhote só deve ser separado da mãe e da ninhada após dois meses, se possível.
Quando a mãe não está disponível, o ideal é utilizar fórmulas lácteas próprias para gatos. Depois desse período, o tutor pode oferecer papinha de desmame, a fim de introduzir o animal aos alimentos sólidos. Todos esses produtos devem ser prescritos pelo veterinário.
Se o filhote já estiver acostumado à ração e for preciso trocar a marca ou o tipo, a mudança deve ser feita de forma gradual. O ideal é misturar porções da nova ração à antiga durante 7 a 10 dias, aumentando a quantidade aos poucos. Assim, o organismo do pet se adapta sem causar desconfortos digestivos.
Ração para filhote
A partir do desmame, a recomendação é apostar em ração para filhotes. Afinal, eles têm necessidades energéticas quase duas vezes maiores do que os adultos, precisando de proteínas e nutrientes específicos para se desenvolverem.
Alguns dos ingredientes mais importantes na formulação da ração para gato filhote são:
- proteínas de origem animal: fundamentais para o desenvolvimento muscular;
- taurina: aminoácido essencial para visão e saúde cardíaca;
- ácido graxo: auxilia no desenvolvimento neurológico e na saúde da pele e do pelo;
- cálcio e fósforo: importantes para formação de ossos e dentes fortes.
Para escolher a ração ideal para o filhote, é essencial ter a orientação do médico-veterinário. O mesmo vale para tutores que optam pela alimentação natural. Nesse caso, a dieta deve ser prescrita por um profissional com especialização em nutrologia.
Hidratação
Diferente dos cães, os gatos têm baixo instinto de sede, o que aumenta o risco de doenças renais ao longo da vida. Ou seja: incentivar o consumo de água desde filhote é uma estratégia preventiva.
O uso de bebedouros tipo fonte também costuma estimular a ingestão de água, já que os gatos preferem água corrente. Além disso, manter recipientes sempre limpos e espalhados pela casa é de grande ajuda.
Em alguns casos, a inclusão de ração úmida na dieta também é indicada, assim como a oferta de sachês.
Quer mais dicas para manter o gato hidratado? Confira o vídeo da Petz TV:
Sono
Durante os primeiros meses, os filhotes podem dormir entre 16 e 20 horas por dia. Essa quantidade elevada de sono é essencial para fortalecer o sistema imunológico, promover o desenvolvimento adequado e consolidar aprendizados ao longo do dia.
Portanto, além de permitir que o seu filhote durma à vontade, é importante fazer de tudo para garantir um sono de qualidade. Nesse sentido, confira algumas dicas que podem ajudar nessa missão:
- ofereça um local seguro e confortável: camas, mantas ou nichos ajudam o filhote a se sentir protegido;
- evite barulhos e movimentação: filhotes são sensíveis a estímulos externos e podem ter sono interrompido facilmente;
- mantenha a rotina regular: horários consistentes de alimentação e brincadeiras ajudam a regular o ciclo de sono do animal;
- separe o espaço de descanso de áreas de alimentação e higiene: isso ajuda o filhote a associar o local apenas ao momento de descanso.
Se o filhote continuar cansado, mesmo dormindo muitas horas, é importante levá-lo a uma consulta com o médico-veterinário. Apatia e queda de energia podem ser alertas de doenças ou sinais de que algo está errado — e um diagnóstico precoce aumenta as chances de um bom prognóstico.
Higiene
Manter a higiene do filhote é essencial para prevenir doenças, desconforto e odores indesejados. Além disso, ajuda o tutor a identificar problemas de saúde. A seguir, confira os cuidados mais importantes:
- unhas: as unhas dos filhotes crescem rápido. É recomendado apará-las, usando cortadores próprios, evitando acidentes com móveis ou ferimentos acidentais;
- pelo: escovar o pelo ajuda a prevenir nós e bolas de pelo. A frequência depende do tipo de pelagem. Os felinos de pelo longo necessitam de escovação diária;
- orelhas e olhos: verifique semanalmente a presença de secreções, vermelhidão ou mau odor. A limpeza nas orelhas e olhos devem ser feitas com produtos específicos para pets, indicados pelo veterinário, utilizando gaze ou algodão;
- higiene bucal: filhotes devem ser introduzidos à escovação dos dentes desde cedo, usando produtos específicos para gatos. A prevenção de tártaro e doenças bucais ajuda a manter a saúde geral do animal;
- ambiente: limpar a caixa de areia diariamente e manter o espaço de descanso higienizado é essencial para reduzir o risco de parasitas e infecções. Um espaço sujo também pode deixar o gato estressado;
- banho: gatos raramente precisam de banho, pois fazem a própria limpeza. Quando necessário, utilize sabonetes específicos para gatos e água morna, sempre seguindo a orientação do médico-veterinário.
Gatificação
Se você ainda não conhece a gatificação, se prepare para saber tudo sobre a prática. O enriquecimento ambiental para gatos é um conjunto de estratégias que tornam o ambiente mais estimulante e adequado às necessidades naturais do animal.
Ambientes sem estímulos aumentam o estresse e causam comportamentos destrutivos ou apatia. Por outro lado, filhotes que crescem em espaços enriquecidos apresentam menos ansiedade e melhor condicionamento físico.
A gatificação é importante em todas as fases da vida, mas ganha ainda mais relevância no primeiro ano, quando os gatos têm mais energia e precisam de atividades que estimulem o desenvolvimento físico, mental e emocional.
Como enriquecer o ambiente para o filhote
Algumas estratégias simples e eficazes para gatificar o ambiente incluem:
- arranhadores e torres: oferecem oportunidade de exercício, alongamento e afiação natural das unhas. Também é uma forma do gato demarcar seu território;
- prateleiras e nichos: permitem exploração vertical, atendendo ao instinto de escalada e observação, com segurança;
- brinquedos interativos: varinhas, bolas e pelúcias estimulam a caça simulada, potencializando o foco e coordenação motora;
- esconderijos: caixas, túneis e cantos protegidos oferecem um local de descanso seguro para o felino relaxar.
Quer saber ainda mais sobre a gatificação? Confira o vídeo de Petz TV sobre o tema:
Agora que você já sabe como cuidar de um gato filhote, que tal colocar esse conhecimento em prática com a Petz? No site, no app ou nas lojas físicas, você encontra tudo o que precisa para essa fase: rações, acessórios, brinquedos de enriquecimento e muitos outros produtos que facilitam o dia a dia e contribuem para o bem-estar do seu felino.
Petz
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