Cobras brasileiras: tipos genuínos do nosso país

Embora não seja muito comum, ter uma cobra como animal de estimação pode ser interessante. Observar o comportamento desse animal e admirar a beleza de cada espécie podem ser hobbies muito prazerosos, ainda mais quando se trata de cobras brasileiras, que exibem variedade de cores e tamanhos.

Este artigo é pensado para quem ama répteis e está interessado em ser tutor de uma cobra. Vamos listar os tipos, as características físicas e os comportamentos de cobras brasileiras. Assim, fica mais fácil decidir qual escolher. Continue a leitura para descobrir!

Cobras brasileiras em casa só com autorização do IBAMA

Este detalhe é muito importante para realizar o sonho de ter uma linda cobrinha em casa. Assim como qualquer outro réptil, a cobra deve ser adquirida de criadores legalizados, com registro do IBAMA.

O réptil assistido pelos órgãos fiscalizadores possui um microchip. Assim, a existência desse animal é documentada, e o desenvolvimento é acompanhado passo a passo. 

As cobras brasileiras passaram a ser consideradas animais de estimação no Brasil a partir de 1997. Ainda assim, o IBAMA só autoriza a criação de cobras de estimação que não sejam peçonhentas. 

Então, nada de descumprir as regras. Além de ser perigoso para você e prejudicial para o animal, isso é crime com penalidades previstas em lei!

Confira os tipos de cobras típicas do Brasil  

Existem diversas espécies de cobras brasileiras encantadoras. Cada uma traz características que a tornam mais especiais. Sem falar que muitas possuem curiosidades surpreendentes. Tudo isso explica a admiração e o desejo de muitas pessoas tê-las por perto, em casa.

O blog da Petz listou os tipos brasileiros mais comuns, dividindo-os em grupos de cobras venenosas e não venenosas. Assim, você sabe quais são as espécies de cobras brasileiras com e sem veneno para escolher a melhor opção de estimação.

Cobras venenosas mais comuns

• Caiçara: uma das cobras mais agressivas do mundo e de bote muito veloz. O poder do veneno da espécie pode afetar de forma aguda as fibras musculares e até destruí-las;
• Coral-verdadeira: está entre as cobras brasileiras mais venenosas, embora não seja agressiva e não dê voluntariamente o bote. Típica das regiões Sul e Sudeste do Brasil;
• Cobra cascavel: de cor marrom, possui anéis ao longo do corpo. A marca registrada é o chocalho feito de pele morta, localizado na ponta do rabo;
• Cotiara: encontrada em regiões de araucárias, mede cerca de um metro. Embora haja registros do poder do veneno dessa cobra, no Brasil, não há grandes relatos de ataques feitos por ela;
• Jararaca-de-alcatrazes: mede apenas 50 cm de comprimento, mas possui um veneno potente e altamente coagulante, 10 vezes mais poderoso que o das demais espécies de jararacas; 
• Jararaca-ilhoa: espécie ameaçada de extinção e com apenas 2.000 exemplares espalhados pelo mundo. O veneno é potente, mais letal em aves do que em humanos;
• Jararaca-cruzeira: tem corpo de tons cinza e marrom, com losangos. Embora a picada não seja letal, pode provocar uma dor aguda seguida de vômitos;
• Jararacuçu: também conhecida como surucucu, é vivípara, ou seja, os filhotes nascem do útero;
• Urutu: possui cauda curta e porte grande. É encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul;
• Surucucu-pico-de-jaca: tem corpo marrom, com marcas semelhantes a losangos revestidos por faixas esverdeadas. É uma das mais venenosas da América do Sul e do mundo, tendo uma picada que pode ser letal.

Cobras não venenosas mais comuns

• Caninana:  as cores predominantes são amarela, na parte de baixo, e preta, na parte de cima. Tem apenas fama de brava, mas é conhecida por ser uma das cobras brasileiras não venenosas e encontrada em meio a árvores. Tem hábitos diurnos e pode atingir até 2,5 m de comprimento;
• Cipó: espécie ovípara que costuma habitar matas e capoeiras. O nome popular vem justamente do poder de se camuflar entre árvores e cipós para pegar as presas de surpresa;
• Cobra d’água: tem uma pele bem destacada, com cores preta e amarela, formando quase uma impressão em papel de tão simétrica. Ela tem esse nome por possuir hábitos aquáticos e viver em lagos, alimentando-se de anfíbios e peixes;
• Cobra-papagaio: de um tom verde-claro e destacado, é uma das espécies não peçonhentas mais belas. Como não tem veneno, costuma matar as presas por constrição. É encontrada com mais facilidade na região da Floresta Amazônica;
• Cobra-verde: outra espécie verde em tom bem vivo, mas diferente da cobra-papagaio, tem o corpo mais esguio. Embora não tenha veneno, ela oferece riscos por conta da agilidade, da presença de dentes e da saliva tóxica;
• Falsa-coral: a dentição pode ser opistóglifa (quando os dentes injetam veneno, mas estão localizados na parte de trás da boca, dificultando a mordida) ou áglifa (quando os dentes são maciços e não injetam veneno). Essa característica a diferencia da coral verdadeira;
• Jiboia: considerada uma das maiores cobras brasileiras, pode atingir até quatro metros. Pode ser encontrada nas regiões amazônicas, no Nordeste, no Sul e no Sudeste;
• Muçurana: conhecida como “cobra do bem”, tem um gosto alimentar curioso — se alimenta de outras cobras;

Sucuri: encontrada na Floresta Amazônica, alimenta-se de peixes, roedores, rãs, lagartos, jacarés, entre outros vertebrados. O tempo de vida dessa cobra é de até 30 anos.

Cobras mais comuns como animais de estimação

• Cobra-do-milho: uma das mais famosas e procuradas, já que se destaca por conta do temperamento dócil. O tamanho pode chegar a quase dois metros de comprimento. É indicada para tutores que nunca tiveram animais exóticos antes e não têm muita experiência no assunto;
• Píton-real: espécie bem tranquila e de temperamento calmo. O tamanho varia, mas não costuma medir mais de dois metros de comprimento. Tem uma pele linda, que parece desenhada a mão, com cores amarela-ouro e preta;
• Jiboia-arco-íris: tem a pele marrom bem clara, com manchas redondas e que seguem um padrão. É bem calma e uma das preferidas de estimação, principalmente por ter o corpo esguio e medir apenas 1,5 m de comprimento. 

Saiba quais são os tipos de cobra em extinção

Ao adquirir um pet, é muito importante conhecer tudo sobre ele. Inclusive, é válido saber se ele faz parte da lista de animais em extinção. Por serem animais silvestres e possuírem atrativos como a pele, por exemplo, as cobras tendem a estar no alvo de caçadores clandestinos.

A lista de cobras em extinção infelizmente é extensa, porém existe um dado bastante animador: elas se reproduzem em larga escala, e isso torna essa lista bastante variável.

Entre as espécies de cobras brasileiras mais ameaçadas estão a jiboia amarela, encontrada apenas em São Paulo, e a jararaca-de-Alcatrazes, presente em diversas regiões do país. Já a espécie que ocupa o topo da lista no mundo é a píton- reticulada, que assusta pelo tamanho, mas é de fácil domesticação.

Agora que você já conhece tudo sobre as cobras brasileiras, pode escolher a que mais te agrada. Não esqueça: cumpra todos os protocolos definidos pelo IBAMA e não deixe de preparar o ambiente adequado para receber a cobrinha. No blog da Petz, você encontra dicas de como criá-la e muito mais.