Bem-Estar

Como fazer gatos se darem bem: aprenda o passo a passo

Publicado em 18 de janeiro de 2019

Tempo de leitura: 5min

Em geral, os bichanos são pets de hábitos bastante solitários e independentes. Apesar de adorarem dar e receber carinho, eles cuidam da própria higiene, gostam de brincar sozinhos e parecem não sofrer tanto quando estamos longe de casa. Mas, para isso é necessário saber como fazer gatos se darem bem!

Antes de levar mais um novo felino para casa, é preciso ter em mente que gatos são animais territorialistas, apegados ao ambiente e sensíveis a mudanças. Por isso, fazer a introdução de um novo gato em casa da forma inadequada, pode não só de prejudicar a relação entre os dois, mas também de colocar em risco a saúde dos animais.

Agora, vamos auxiliar você a como fazer os gatos se deram bem e se conhecerem melhor?

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Passo 1: a preparação da casa

Sempre que vamos ter dois gatos em apartamento, é importante garantir que eles se sintam confortáveis.  Para isso, é fundamental ambos tenham comedouro, bebedouro e uma cama aconchegante.

Mas não se esqueça de que gatos são territorialistas e apegados ao ambiente. Para evitar disputas, você deve garantir que tanto o gato residente como o novato tenham um espaço próprio, com todas as facilidades (incluindo caixa sanitária e brinquedos), inicialmente em cômodos separados, como veremos a seguir.

Além disso, a Dra. Juliana Cury, médica-veterinária da Petz, conta que o uso de difusores de feromônios pode ser uma excelente forma de como apaziguar gatos,. De preferência, um para cada gato. “Esses feromônios fazem com que o pet se sinta seguro, o que pode ajudar na aproximação entre eles”, diz a Dra. Juliana.

Passo 2: mantenha o novato separado

Com o “enxoval” comprado e preparado, escolha um cômodo da casa para deixar o novo pet. O ideal, segundo a Dra. Juliana, é você optar por um local que o gato residente não use muito. Isso, claro, desde que esse cômodo seja seguro e habitável.

“Tudo que o seu novo gatinho precisa deve estar nesse espaço: caminha, comida, brinquedos, arranhador, água e uma caixa de areia”, orienta a especialista. Lembrando que também é recomendado deixar um difusor de feromônio ali, para tranquilizar o pet.

Passo 3: introdução em “zona neutra”

Utilizando um petisco como atrativo, leve os dois gatos para uma parte da casa relativamente neutra, mas que permita acesso fácil às zonas de conforto individuais de cada pet.

Permita que eles se olhem, mas mantenha a distância entre os dois. “Gatos preferem decidir o momento da aproximação, então, evite forçá-los ou empurrar um em direção ao outro”, alerta a Dra. Juliana.

Você pode o primeiro contato, inicialmente, com uma barreira entre eles, como uma tela ou um portãozinho vazado. O petisco serve para distrair os pets e criar uma memória positiva daquele momento.

Após alguns minutos ou se você começar a notar atitudes de medo,  agressividade, ou ver os dois gatos se estranhando, encerre o encontro em tom positivo e leve cada um para o seu espaço.

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Passo 4: novos encontros e abertura da casa

Repita o passo 3 diariamente até que os dois bichanos se tornem mais habituados um ao outro. Permita que eles se aproximem no tempo deles e que se cheirem a cada encontro.

Nesse sentido, não estranhe se eles começarem uma briga de gato.  De acordo com a Dra. Juliana, é comum que isso aconteça, mas, segundo ela, pode ser um indicativo de que as coisas devem ser feitas de forma mais lenta e que os pets devem permanecer separados por mais um tempo.

Ao perceber que ambos já estão à vontade na área neutra, é hora de abrir a casa para eles! A Dra. Juliana esclarece que o período de adaptação — antes de ambos terem livre circulação pela casa — pode variar de alguns dias a alguns meses. “É importante não ter pressa. Faça as coisas devagar e com cuidado”, completa a médica-veterinária.

Riscos da introdução precipitada

Para quem achou o passo a passo acima trabalhoso e pensa em ignorá-lo, melhor reconsiderar. “Se o gato se sentir ameaçado pelo outro, pode ser extremamente difícil fazê-lo mudar de ideia”, alerta a veterinária.

Além disso, picos de estresse podem acarretar problemas diversos, como:

  • Comportamentos agressivos (rosnando, mordidas e arranhaduras);
  • Lambeduras excessivas para autolimpeza, resultando em áreas sem pelo e infecções de pele;
  • Marcação de território fora da caixa de areia;
  • Falta de autolimpeza;
  • Redução de apetite;
  • Doenças do trato urinário,
  • Alergias.

Caso perceba qualquer um desses sinais, procure separar os gatos e converse com um veterinário o quanto antes, para mais orientações.

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Meus gatos não estão se dando bem, e agora?

Para quem não fez a introdução da maneira correta ou ainda possui um gato com ciúmes de outro, a dica da Dra. Juliana é refazer o processo, desde o início. “Ressaltando, novamente, o uso de difusores de feromônios, que pode ser de grande ajuda nesse processo de familiarização”, diz ela.

Se a situação chegar ao extremo de os gatos brigarem, não tente separá-los com as mãos, nem comece a persegui-los, por exemplo. “Isso só os tornará mais agressivos e poderá destruir permanentemente a confiança em você”, diz a Dra. Juliana.

A veterinária recomenda interaja de forma mais calma e interativa, como batendo palmas, ou jogando um brinquedo na direção dos bichanos. Borrifar água ou agitar uma latinha com moedas perto deles, também pode ser bem eficaz na hora de separar um gato rosnando para outro.

Quando eles se soltarem, separe-os e só permita que voltem a interagir quando estiverem com uma linguagem corporal tranquila e relaxada. “Você poderá permitir que eles voltem a ficar juntos, mas deve monitorar o comportamento deles”, diz a Dra. Juliana.

E não se esqueça que um dos primeiros passos de como fazer gatos se darem bem, é dar a mesma quantidade de amor e carinho para ambos! Seguindo esses passos, eles têm tudo para serem grandes companheiros.

Petz

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