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Carrapato-estrela e febre maculosa: você precisa entender essa relação perigosa

Publicado em 04 de junho de 2025

Tempo de leitura: 5min

Ver um carrapato-estrela no cachorro é um motivo de desespero e muita preocupação. Afinal, esse parasita é o grande vilão quando o assunto é a febre maculosa.

Pulga no dedo e cachorro labrador de fundo.

Então, como é o aspecto desse animal? Onde ele se esconde? Como combatê-lo e, mais importante ainda, será que é possível prevenir o ataque? Descubra as respostas para todas essas perguntas, a seguir.

Você já ouviu falar da febre maculosa?

Você já deve ter ouvido falar nessa doença tão grave. Ela costuma aparecer em reportagens relatando surtos em diversas regiões do Brasil, pois é mais comum em países quentes.

Também conhecida como doença do carrapato-estrela, essa doença contagiosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia. Ela é transmitida pela picada do parasita contaminado.

A febre maculosa tem grande importância para órgãos públicos por ser uma zoonose, isto é, uma doença que pode ser transmitida de animais para seres humanos.

Nas pessoas, ela provoca febre alta, dores musculares, articulares e abdominais, vômito, diarreia e manchas avermelhadas na pele. Em casos mais graves, pode levar também à miocardite e insuficiência renal.

Infelizmente, o quadro pode levar a óbito em cerca de uma semana se não for diagnosticado e tratado a tempo.

Animais também têm febre maculosa?

Sim. Entretanto, a febre maculosa nos animais é relativa — podendo ter tanto sinais severos, quanto ser um caso assintomático, ou seja, sem sintomas. Em quadros avançados, eles são semelhantes aos que ocorrem nos seres humanos. Confira alguns exemplos:

  • febre;
  • dores no corpo;
  • inapetência;
  • letargia;
  • vômito;
  • manchas avermelhadas na pele, chamadas de máculas;
  • aumento dos linfonodos (íngua);
  • tosse e dificuldade respiratória.

A febre maculosa também pode levar os cães ao óbito. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial. Os sinais clínicos se iniciam cerca 7 dias após a picada do carrapato-estrela contaminado. Para que a bactéria seja transmitida, o carrapato precisa ficar na pessoa ou no animal por pelo menos quatro horas.

Vale lembrar que essa é apenas uma das doenças transmitidas pelo parasita. Por isso, é preciso ficar atento a outros sintomas do carrapato-estrela, além de fazer visitas frequentes ao médico-veterinário.

Afinal, como identificar o carrapato-estrela?

Existem muitas espécies do parasita, todas com potencial de transmitir doenças. Porém, no caso da febre maculosa, é importante saber como identificar o carrapato-estrela.

Ao reconhecer o carrapato-estrela, cujo nome científico é Amblyomma sculptum, a pessoa picada deve procurar assistência médica, principalmente se apresentar qualquer um dos sintomas citados.

Para identificar o parasita, basta olhar o formato e os detalhes do corpo. O carrapato-estrela é pequeno, avermelhado e tem um “desenho” semelhante a uma estrela nas costas.

Imagem de cachorro

O carrapato-estrela parasita quais animais?

O carrapato-estrela se alimenta do sangue de várias espécies de animais, principalmente aqueles que vivem em zona rural, como cavalos, bois, gambás, coelhos e capivaras.

Porém, nada impede que você veja um carrapato-estrela no cachorro, no gato, em aves domésticas e em seres humanos. Apesar da febre maculosa ser uma doença tipicamente rural, o número de casos urbanos vem crescendo nos últimos anos.

Por isso, quando um carrapato é encontrado em um pet ou uma pessoa, é muito importante lembrar onde esse indivíduo esteve nos últimos dias. Mesmo que você não saiba identificar o carrapato-estrela, se houve contato com animais de produção ou com um ambiente rural, há chances do parasita ser dessa espécie.

Na dúvida, o mais indicado é levar o animal para o médico-veterinário, para que o profissional possa examiná-lo. Se não souber retirar o carrapato com segurança, o mais indicado é deixar que o veterinário faça a remoção para evitar acidentes.

Como se prevenir da picada do carrapato-estrela?

A prevenção se inicia com a informação de onde há o carrapato-estrela. Mesmo fora das áreas urbanas, é possível encontrar o parasita. Por isso, todo o cuidado é necessário.

Quanto aos cães, é essencial usar algum medicamento ou produto com ação contra carrapatos. Converse com um médico-veterinário para administrar o mais indicado para o seu pet, pois existem muitas opções no mercado, desde pipetas e coleiras até comprimidos.

Mesmo com tudo em dia, se o pet visitar locais que tenham carrapatos, verifique se não há nenhum parasita na pele do animal. Além disso, mantenha a escovação e os banhos frequentes.

Já para as pessoas, o Ministério da Saúde recomenda as seguintes precauções:

  • examinar o corpo a cada duas horas;
  • usar roupas claras para facilitar a visualização do carrapato;
  • usar botas de cano alto;
  • colocar as barras da calça dentro das botas;
  • vedar as botas com fita adesiva;
  • usar camisetas de manga comprida;
  • se encontrar um carrapato, não esmagar (a bactéria pode penetrar em pequenos ferimentos), mas retirar com uma leve torção;
  • usar repelentes com ação contra carrapatos.

Para que o ectoparasita transmita a febre maculosa, ele precisa estar contaminado com a bactéria. Portanto, a simples presença do carrapato não implica na doença. Ele pode causar apenas irritação local, por exemplo.

cachorro com medo.

Mas lembre-se: o carrapato-estrela é perigoso e pode afetar a saúde dos pets e das pessoas. Caso você encontre um deles, agende uma consulta no Centro Veterinário Seres para fazer exames de detecção da febre maculosa o quanto antes.

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