Esporotricose em cães: por que se preocupar?
Publicado em 05 de agosto de 2025Tempo de leitura: 5min

A esporotricose em cães é causada pelo fungo do gênero Sporothrix, sobretudo o Sporothrix brasiliensis e Sporothrix schenckii no Brasil. Eles vivem no solo e nos vegetais, principalmente em troncos, espinhos e madeira.
Assim, a esporotricose em cachorro pode ser transmitida por machucados com estes materiais ou pelo contato com gatos contaminados, principalmente em áreas com grande incidência da doença. Continue a leitura e aprenda tudo sobre o assunto.
Por que meu cachorro pode ter esporotricose?
O fungo penetra na pele por uma ferida, então o cachorro precisa ter uma lesão além de ter o contato com o fungo. Isso pode acontecer quando ele corre por uma área de mato fechado, por exemplo.
Ele também pode ser contaminado com a esporotricose se a ferida tiver contato com um gato doente. Portanto, alguns fatores podem influenciar na transmissão: o material ou animal contaminado e a lesão na pele do cachorro.
Como identificar os sintomas?
Como o fungo penetra o corpo do animal pela pele, os sinais mais aparentes aparecem neste tecido. Nos cães, a localização mais comum das lesões fica no tórax, na parte mais ventral, mas a cabeça, as orelhas, o focinho e o plano nasal também podem apresentar a ferida.
A esporotricose no cão apresenta-se como uma massa sem pelos, ulcerada, com ou sem crostas. No início, não há coceira. O fungo não se dissemina para os órgãos internos dos cães, como acontece nos gatos. No entanto, se o pet tiver infecções secundárias, pode apresentar os seguintes sintomas:
Como é feito o diagnóstico?
A esporotricose em cães pode parecer muito com outras doenças de pele, dificultando o diagnóstico. O veterinário deve ser consultado para que exames complementares sejam feitos.
O exame que melhor detecta o fungo é a citologia, quando o profissional olha no microscópio as secreções e a amostra da pele para tentar ver o agente. Entretanto, como nos cães o número de fungos presentes nas lesões geralmente é pequeno, isso é muito difícil.
Dessa forma, o veterinário pode fazer a biópsia da ferida e também a cultura fúngica. Se o agente aparecer na lâmina ou crescer neste cultivo, é fechado o diagnóstico de esporotricose em cães.
Como é feito o tratamento?
Diante de uma doença que pode afetar outros animais e também o ser humano, nunca é demais repetir que somente o médico-veterinário pode prescrever o tratamento para esporotricose em cães de maneira correta.
É importante ressaltar que a esporotricose em cachorro tem cura, mas é preciso muita paciência e dedicação do responsável, pois o animal irá tomar o remédio por muito tempo (de 3 meses até um ano). Durante esse período, a pessoa deve tomar cuidado para não se contaminar.
Afinal, como tratar a esporotricose em cães? A doença é tratada com medicamentos antifúngicos, sempre após uma refeição, já que é desta forma que o remédio é melhor absorvido pelo organismo do animal.
E nada de parar de dar o antifúngico com o desaparecimento das feridas. É preciso fazer o uso do medicamento pelo período recomendado pelo médico-veterinário, mesmo com a melhora dos sintomas.
Quais são os possíveis efeitos colaterais de um tratamento tão longo?
Como o período de tratamento da esporotricose nos animais é muito longo, é de se esperar que alguns efeitos colaterais possam surgir. A depender do remédio prescrito, o pet pode ter vômitos, falta de apetite, diarreia, ressecamento da pele e febre.
Além disso, o veterinário deve acompanhar de perto a saúde do animal e fazer a avaliação principalmente do fígado, que pode se sobrecarregar com o uso de antifúngicos.
Prognóstico da esporotricose em cães
No caso da esporotricose em cães, o prognóstico é excelente, pois existe a possibilidade de cura total do paciente.
No entanto, como o tratamento é prolongado, muitos responsáveis param de dar a medicação antes da hora e a doença pode voltar. Caso a prevenção não seja feita, o cachorro pode ser infectado com a esporotricose de novo.
Cuidados com a higiene e a prevenção
Por falar em prevenção, a esporotricose nos animais e nos humanos pode ser evitada com medidas simples, que vão até prevenir outras doenças. O primeiro cuidado tem relação com o responsável pelo animal doente. A recomendação é usar luvas, além de cobrir braços e pernas.
Manter o animal isolado dos demais também previne a disseminação da doença. Além disso, evite passear em matas fechadas com o cachorro e não permita que ele se aproxime de animais desconhecidos.
Faça a retirada rotineira de entulhos e matéria orgânica do jardim. Para a limpeza diária da área e utensílios dos animais, utilize produtos recomendados pelo veterinário.
É fundamental castrar o seu pet, já que isso reduz a necessidade de saídas para a rua e as brigas com outros animais, diminuindo a possibilidade de contaminação e a transmissão de doenças. Por fim, mantenha uma rotina de visitação ao médico-veterinário, além de seguir as recomendações estipuladas pelo profissional.
Para saber mais sobre a doença nos gatos, confira o vídeo da Petz TV sobre o tema:
Com muito mais conteúdo além da esporotricose em cães, o blog da Petz traz artigos sobre saúde, bem-estar e comportamento dos animais de estimação.
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