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Alimentação de gato diabético: tudo o que você precisa saber

Publicado em 30 de junho de 2025

Tempo de leitura: 6min

A diabetes é a doença endócrina mais comum entre gatos. No tratamento, é preciso ter uma abordagem multidisciplinar, com um foco especial na alimentação. Uma dieta bem ajustada e equilibrada é fundamental para garantir uma vida saudável ao animal, controlando níveis de glicose e evitando complicações mais graves. Confira, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre a alimentação do gato diabético.

Pontos essenciais na alimentação do gato diabético

É possível realizar a alimentação natural para gatos diabéticos ou contar com rações específicas para o controle da doença. De qualquer forma, é preciso respeitar estritamente as orientações do médico-veterinário, seja na escolha dos ingredientes ou na frequência da alimentação.

A dieta de gatos com diabetes mellitus precisa ser balanceada, focando no controle glicêmico e na saciedade. Muitas vezes, o pet também sofre com obesidade e, por isso, a perda de peso é outro foco importante em felinos com a doença.

Para isso, alguns cuidados são fundamentais na hora de montar a alimentação do gato diabético. Confira, a seguir, os principais pontos.

Baixo teor de carboidrato

Gatos com diabetes apresentam maior controle glicêmico quando reduzem a quantidade de carboidrato simples. Além do consumo excessivo da substância levar a picos glicêmicos, os gatos são carnívoros estritos e metabolizam melhor proteínas e gorduras do que carboidratos. Assim, evitar alimentos ricos em amido, como arroz, milho ou batata, é essencial.

Alta proteína

Dietas com alto teor proteico oferecem mais energia aos gatos e ajudam a manter a massa muscular. Por isso, uma alimentação rica em proteína de qualidade é fundamental para todos os animais. No caso dos gatos diabéticos, esse ponto é importante, uma vez que a proteína também auxilia na melhora da sensibilidade à insulina e na regulação da glicemia.

Dieta rica em fibra

As fibras solúveis ajudam a retardar a absorção de nutrientes, incluindo a glicose. Como resultado, evitam-se altos níveis de glicemia no sangue. Uma dieta com fibras também pode contribuir para o controle do peso, por aumentar a saciedade — o que costuma ser um fator crítico no tratamento da diabetes felina.

Antioxidantes e suplementação

Alguns suplementos podem ser recomendados, como L-carnitina, ácidos graxos, e ômega-3. Eles ajudam na melhora da sensibilidade à insulina, no controle de peso e na diminuição da inflamação do organismo. A suplementação, no entanto, deve ser prescrita apenas por veterinários, conforme as necessidades específicas do animal.

Ração para gato diabético pode ajudar

Além da alimentação natural formulada por profissionais, existem rações terapêuticas ideais para esses casos. Para definir a melhor ração para gatos diabéticos, é preciso consultar o médico-veterinário que acompanha o seu animal.

O produto auxilia no controle da glicemia e, a longo prazo, pode até reduzir a necessidade de uso de insulina. Para isso, são formuladas com ingredientes de baixo índice glicêmico, ricos em proteínas e fibras. No mercado, a principal marca que trabalha com rações para felinos diabéticos é a Hills.

As rações úmidas podem ser as mais indicadas, já que também auxiliam na hidratação e contribuem para a saúde do trato urinário. Caso o gato não goste desse tipo de alimento, é possível umedecer os croquetes para aproveitar as vantagens do produto.

Para saber mais benefícios da ração úmida para gatos, assista ao vídeo da Petz TV:

Passo a passo para controlar a dieta do gato com diabetes

Como você já percebeu, ter uma rotina alimentar bem estruturada e definida por profissionais é parte fundamental do tratamento da diabetes mellitus em gatos. A seguir, confira as etapas essenciais nesse processo.

Consultar o médico-veterinário

As visitas frequentes ao médico-veterinário são obrigatórias, ainda mais em casos de gatos com doenças crônicas. Só o profissional poderá fazer o diagnóstico correto e prescrever a melhor dieta, levando em conta o quadro de saúde específico do seu pet.

Também é o veterinário que indicará a necessidade de suplementação e irá orientar sobre o uso da insulina no dia a dia. A automedicação ou uma alimentação inadequada pode ser fatal para o animal, então todo cuidado é pouco.

Controle calórico da dieta

O excesso de peso é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento e agravamento da diabetes em gatos. É fundamental manter uma dieta com número de calorias adequado ao porte e ao nível de atividade do animal. É um cálculo complexo e esse é mais um motivo para contar com o auxílio do profissional.

Frequência e quantidade são fundamentais

A frequência das porções de alimentação, além da quantidade oferecida, é ainda mais importante quando falamos de gatos diabéticos. Para isso, é preciso levar em conta o peso ideal do gato, entre outros fatores — como a aplicação da insulina e se o responsável prefere alimentação natural, ração úmida ou seca.

Gato cinza perto do bebedouro branco.

Outros cuidados com o gato diabético

Apesar da alimentação ser um dos principais pilares no tratamento de gato diabético, ela não é o único aspecto que o responsável deve se atentar. Para te ajudar nessa, separamos outros pontos importantes para tratar o animal, sempre com o auxílio e respaldo técnico do médico-veterinário.

  • Visitas ao médico-veterinário: gatos com diabetes devem ter consultas frequentes, para que o profissional analise o quadro e detecte possíveis complicações.
  • Controle da glicemia: é preciso monitorar os níveis de glicemia do felino, seja em casa ou com aparelhos disponíveis no consultório veterinário;
  • Administração de insulina: em alguns casos é recomendado administrar insulina no pet. A necessidade da aplicação, quantidade e frequência são estipuladas pelo veterinário;
  • Exercício físico: a prática regular de atividade física melhora a saúde geral, além de ser uma grande ferramenta para o controle de peso. O enriquecimento ambiental é uma ótima forma de garantir que o gato se mantenha ativo e entretido.
  • Hidratação: a diabetes pode levar à desidratação, por isso, deixe água fresca e limpa sempre à disposição do animal. Fontes automáticas e rações úmidas são aliadas da hidratação;

A diabetes felina exige atenção constante. Sem o controle adequado, o gato pode desenvolver diversos problemas, desde glaucoma até cetoacidose diabética. Cuidar da alimentação é apenas uma parte da jornada.

Para te auxiliar no diagnóstico, tratamento e prescrição da alimentação para gato diabético, você pode contar com os profissionais do Centro Veterinário Seres. Temos clínicas e hospitais em todo o país, prontos para receber você e seu pet. Confira a unidade mais próxima.

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