Cães

Aprenda como saber se o cachorro tem raiva e se ela tem cura!

Publicado em 09 de julho de 2023

Tempo de leitura: 5min

Apesar de velha conhecida, a raiva é uma das doenças fatais que acomete os animais e o ser humano. Por isso, é importante se informar sobre como saber se o cachorro tem raiva? Conheça seus sintomas e como preveni-la.

cachorro deitado olhando para frente

A raiva é uma doença viral aguda e infecciosa que afeta o sistema nervoso central, causando encefalite, e costuma ter uma evolução muito rápida após o início dos sintomas, tanto no homem quanto nos animais.

Como é a raiva no mundo?

Trata-se de uma doença quase universal, erradicada apenas no Japão, no Havaí, no Reino Unido, na Austrália, na Nova Zelândia e em algumas poucas ilhas do Oceano Pacífico. Na África e na Ásia, o cão é o principal transmissor para o homem.

Na América Latina, o animal ainda é importante no ciclo de transmissão urbana da doença, por isso é importante ter como saber se o cachorro tem raiva. Porém, o ciclo silvestre vem ganhando muita importância devido ao desmatamento e à proximidade do ser humano com as florestas. A contaminação vem aumentando bovinos contaminados por morcegos. Esse está sendo o grande problema nas áreas rurais.

A raiva no Brasil

No Brasil, a raiva foi registrada em 38 pessoas de 2010 a 2020, sendo que nove casos tiveram o cachorro como transmissor, 20 casos foram transmitidos por morcegos, quatro por primatas, quatro por gatos e em um caso não se sabe quem foi que passou a doença.

Em 2022, foram registrados cinco casos em humanos, todos fatais. Quatro deles aconteceram em Minas Gerais e um, no Distrito Federal. Em Minas, o agente transmissor foi o morcego. No Distrito Federal, um gato. No mundo todo, até hoje somente uma pessoa sobreviveu ao vírus.

A transmissão é feita principalmente por mordidas

A transmissão da raiva canina se dá principalmente por mordidas dos animais infectados, além da lambedura. A saliva é contaminada e a exposição é multiplicada nas glândulas salivares. Em seguida, é depositada sobre a pele ou mucosas.

Outras formas de contágio já foram relatadas: inalação de aerossóis com o vírus; transplante de córnea de pacientes que haviam falecido devido à doença; e de humano para humano em dois casos na Etiópia.

Como perceber se o cachorro tem a doença?

A raiva canina tem sintomas iniciais que podem ser confundidos com os de outras doenças. No entanto, uma vez que o animal apresenta os sinais, a evolução da enfermidade é bastante rápida e culmina com o óbito do cão após cinco dias em média.

O período de incubação, que vai desde o contato com o vírus até o surgimento dos sintomas, pode durar 15 dias até anos, mas não costuma ultrapassar os dois meses. Inicialmente, o cachorro apresenta alterações no comportamento e aprender como saber se o cachorro tem raiva será muito útil.

A morte acontece em no máximo 7 a 10 dias do início dos sintomas. Se uma pessoa é mordida por um cão ou gato sem histórico vacinal, esse animal deve ser observado por 10 dias. Se em 10 dias não houver sinal da doença no animal, a pessoa não tem que se preocupar com a exposição ao vírus.

Embora os sintomas de raiva em cachorro sejam leves no início da doença, atitudes estranhas, medo, ansiedade, nervosismo, falta de apetite, febre, dificuldade em beber água e dores musculares devem servir de alerta ao tutor. Não há tratamento nem para o bichinho nem para o humano.

O cão com raiva fica agitado e agressivo

Então, como saber se o cachorro tem raiva? O pet pode ter fotofobia e começar a se esconder em locais escuros. Uma leve agitação pode ser notada, que se acentua em um a três dias e vem acompanhada de agressividade. O cão tende a morder objetos, pessoas e até a si mesmo.

cachorro de perfil

Por ter dificuldade de engolir, o pet começa a babar bastante, espumando pela boca. O latido pode ficar rouco ou apresentar tons diferentes, devido à paralisia parcial das cordas vocais.

O cachorro com raiva ainda exibe uma tendência de abandonar o lar e andar a esmo, mordendo o que vê pela frente, disseminando o vírus e perpetuando a doença.

No final da enfermidade, o cachorro apresenta convulsão generalizada, incoordenação motora, paralisia dos membros que ascende para o tronco, o pescoço e, finalmente, a cabeça.

O animal entra na fase muda da raiva, que se caracteriza pela dificuldade respiratória e pelo engasgo, momento em que o tutor tenta ajudar o pet e pode se expor ao vírus. Logo após, o cão morre, pois a raiva canina não tem cura.

Vacina contra raiva, a forma de prevenção mais eficaz!

A vacina contra raiva em cachorro é obrigatória no Brasil, devido à gravidade desta zoonose. Ela é fornecida gratuitamente pelos Centros de Controle de Zoonoses das cidades e é facilmente encontrada nas clínicas veterinárias de todo o país.

Ela deve ser aplicada como dose única em cães e gatos a partir dos quatro meses de idade, depois anualmente. Antes dessa idade, o sistema imunológico do animal não está preparado para esta vacinação, que pode causar encefalite neste caso.

Outras formas de prevenção da raiva

Além da vacinação anual para prevenir a raiva, existem algumas formas de evitar que o cachorro se contamine com o vírus e adoeça. Se não tiver contato com outro animal doente ou portador do vírus, o pet não adoecerá.

Por isso, não deixe seu peludo sair para a rua livremente e não permita que ele tenha qualquer relação com animais desconhecidos e desacompanhados. Também não o deixe caçar outros animais, principalmente morcegos.

Por falar nos morcegos, para evitar ataques destes animais ao seu cachorro, não deixe o animal no quintal durante a noite e use telas no canil ou no local onde ele dorme. Também deixe uma luz forte acesa neste local.

cachorro olhando para o horizonte

Gostou de aprender como saber se o cachorro tem raiva? Então, que tal colocar as vacinas do peludo em dia? Agende uma consulta em uma das clínicas veterinárias das lojas da Petz!

Petz

Aqui você encontra tudo sobre o mundo animal e fica por dentro dos cuidados essenciais com o seu pet.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais no blog